Boca de Urna no Rio – Crivella e Freixo. Ou: Direita pode eleger o PSOL
Ora, ora... Os não esquerdistas do Rio só vão se unir quando a esquerda do Leblon tentar afogá-los na Lagoa Rodrigo de Freitas
A estar certo o resultado da boca de urna do Ibope, no Rio, confirma-se o pior cenário. Com margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, Marcelo Crivella (PRB) teria ficado com 30%. Em segundo, aparece Marcelo Freixo (PSOL), com 20%. Pedro Paulo, do PMDB, teria ficado com 15%.
A se confirmar, Flávio Bolsonaro (PSC) teve 12% dos votos, seguido por Índio da Costa (PSD), com 9%, e Carlos Osório (PSDB), com 7%. Jandira Feghali (PCdoB) ficou com apenas 4% dos válidos.
Vale dizer: a esquerda fez voto útil em Freixo, mas os não esquerdistas não fizerem em Pedro Paulo.
Se tudo se der mesmo assim, com 25% dos votos válidos (Alessandro Molon obteve 1%), os esquerdistas colocam um candidato no segundo turno — com chances reais de vitória. Os não esquerdistas terão somado 75%, mas entregarão de bandeja o Rio ao PSOL. E notem: mesmo que se exclua o índice de Crivella, os não esquerdistas ainda somariam 45 pontos, quase o dobro dos esquerdistas.
Nos velhos tempos, dizia-se que a esquerda só se unia na cadeia. No Rio, os não esquerdistas devem se unir só quando a esquerda da Zona Sul tentar afogá-los na Lagoa Rodrigo de Freitas.