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Banco Central decreta a liquidação extrajudicial do Banco Rural, que está no epicentro do mensalão. Ou: Ação tardia

Com alguns anos de atraso, o Banco Central percebeu que algo não andava bem no Banco Rural, a principal instituição que serviu ao esquema do mensalão, e decretou a liquidação extrajudicial da instituição. Segundo informa o Estadão, o BC afirma que a liquidação se deve “ao comprometimento da situação econômico-financeira da instituição, à existência de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h41 - Publicado em 2 ago 2013, 21h35

Com alguns anos de atraso, o Banco Central percebeu que algo não andava bem no Banco Rural, a principal instituição que serviu ao esquema do mensalão, e decretou a liquidação extrajudicial da instituição. Segundo informa o Estadão, o BC afirma que a liquidação se deve “ao comprometimento da situação econômico-financeira da instituição, à existência de graves violações às normas legais e estatutárias que disciplinam a atividade e à ocorrência de sucessivos prejuízos que sujeitam a risco anormal seus credores quirografários (que não possuem qualquer preferência)”.

Kátia Rabello, ex-presidente do banco e membro da família que controla a instituição, e José Roberto Salgado, ex-vice-presidente, pegaram as maiores penas: 16 anos e oito meses de prisão, condenados por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, formação de quadrilha e evasão de divisas.

Nos debates na VEJA.com — que serão retomados tão logo o STF retome ele também este interminável processo —, destacamos muitas vezes que o mais impressionante não era o Banco Rural ter atuado no mensalão, mas ainda estar em operação. Por quê? A resposta está num post que publiquei aqui no dia 16 de outubro do ano passado. Reproduzo (em azul):

A muitos passará despercebido, mas cumpre destacar.
Ontem, durante o julgamento do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, referindo-se ao Banco Rural, mandou ver: “Trata-se de uma verdadeira lavanderia de dinheiro”.
O Banco Rural foi personagem do escândalo PC Farias-Collor. Foi personagem do escândalo da CBF. Está envolvido no rolo do mensalão.
Não obstante, continua por aí, a operar normalmente.
Não era uma figura qualquer que fazia a acusação. Era um membro do Supremo. E o fazia depois de uma investigação meticulosa. Concordam com ele todos os ministros do Supremo, que condenaram os dirigentes do banco por gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.
O BC tem cumprido, de fato, a sua função de fiscalizar os bancos?

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Retomo
A liquidação, convenham, parece ter chegado tarde. Os métodos empregados pelo Rural no processo do mensalão deixaram chocado até o ministro Ricardo Lewandowski, que parecia operar com critérios mais lassos do que os de seus pares. Ao proferir o voto de condenação dos dirigentes do Rural, afirmou: “As operações de mútuo [tipo de empréstimo] do Banco Rural traduziram em um ato de gestão fraudulenta. Isso porque a classificação do risco teve objetivo de ludibriar o Banco Central […], mascarar os números, fazendo com que o banco contasse com uma imerecida credibilidade junto ao mercado”.

Pelo visto, o BC foi o último a saber.

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