Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

As esquerdas mundo afora, inclusive as nossas, já estão de quatro para o fascismo islâmico. Como sempre!

É lixo moral, é vigarice política, é canalhice querer estabelecer conexões entre os atentados terroristas havidos na França e as supostas condições em que vivem no país os imigrantes de origem árabe e seus descendentes. Sim, foi em Paris desta vez. Mas já aconteceu em Madri, em Londres e em Nova York. O terror não […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h21 - Publicado em 12 jan 2015, 15h46

É lixo moral, é vigarice política, é canalhice querer estabelecer conexões entre os atentados terroristas havidos na França e as supostas condições em que vivem no país os imigrantes de origem árabe e seus descendentes. Sim, foi em Paris desta vez. Mas já aconteceu em Madri, em Londres e em Nova York. O terror não precisa de motivos. O terror só precisa de pretextos.

E o mais eficaz dos pretextos, que está no cerne de todas as ações terroristas, é aquele que separa, sem matizes, as vítimas dos algozes. Com a ajuda da intelectualidade ocidental, com a colaboração da canalha esquerdista de países democráticos, as lideranças religiosas muçulmanas se apresentam apenas como personagens passivas da ação colonialista dos séculos 19 e 20. Até parece que eles próprios nunca fazem história como protagonistas; seriam, sempre e sempre, objetos passivos, manipulados pela vontade de estranhos.

Ora, trata-se de uma mentira estúpida. Mas o coro contra os franceses já começa a ganhar o mundo. Na Folha, um tal Daniel Serwer, professor da Universidade Johns Hopkins, prefere voltar suas baterias contra a extrema direita francesa, como se esta tivesse invadido a redação do “Chalie Hebdo” para fuzilar pessoas. Raphael Liogier, francês e professor de um observatório de religião, diz, numa fala de impressionante delinquência, que o “desafio real não são os muçulmanos”, mas “o fato de estarmos em uma sociedade em que existe um orgulho narcisista de quem era o centro do mundo e perdeu a influência”. Tudo seria fruto de uma crise de identidade dos europeus.

Vale dizer: ele culpa os que ainda sentem orgulho de ser franceses pelo ataque terrorista. Sabem o que isso significa? Mais uma vez, os pensadores e organismos ligados às esquerdas saem em defesa não dos muçulmanos — que estes não estão sob ataque —, mas dos terroristas.

Não por acaso, grupos de extrema esquerda no Brasil e vagabundos financiados com dinheiro público para fazer suas páginas asquerosas na Internet também não condenaram o ataque. Ao contrário: a exemplo dos terroristas que invadiram o “Charlie Hebdo”, eles querem controlar a mídia, eles querem limitar a liberdade de expressão, eles querem submeter as opiniões e as vontades a um ente de razão, a uma força superior que diga o que pode e o que não pode no país.

Continua após a publicidade

A canalha esquerdista brasileira, no fim das contas, a exemplo de seus congêneres mundo afora, vê o terrorismo islâmico como uma espécie de aliado. Não tem a coragem de pronunciar isso claramente porque, aliada à sua burrice, há a covardia. Por essa razão, alguns ditos jornalistas e colunistas preferem, sem justificar explicitamente o terror, voltar suas baterias contra a sociedade francesa — justamente aquela que abriga hoje o maior contingente de islâmicos da Europa.

Raphael Liogier, aquele que acha que os verdadeiros culpados são os franceses, não deixa de ter alguma razão. De fato, os muçulmanos não são o problema. O problema do Ocidente é gente como ele próprio, que se oferece para ser o colaboracionista dos tempos modernos; que se oferece para ser um braço do fascismo islâmico no Ocidente.

Quanto às esquerdas brasileiras que flertam com o terror, dizer o quê? Eu não esperava dessa gente nada muito melhor do que isso. Quem respira lixo moral faz as escolhas compatíveis com o ambiente em que habita.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.