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Aloysio Nunes: “Vento está batendo na vela do Eduardo Campos”

Por Thiago Herdy, no Globo: Aos 67 anos, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) conheceu recentemente a sensação de pular de paraquedas. “Tem uma hora que bate um vento e enche a vela. É nessa hora que você tem que correr e se lançar”, explica o senador, para logo em seguida explicar: “Eu acho que o […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h41 - Publicado em 13 mar 2013, 07h47

Por Thiago Herdy, no Globo:

Aos 67 anos, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) conheceu recentemente a sensação de pular de paraquedas. “Tem uma hora que bate um vento e enche a vela. É nessa hora que você tem que correr e se lançar”, explica o senador, para logo em seguida explicar: “Eu acho que o vento tá batendo na vela do Eduardo Campos”. Mas e na de Aécio Neves, virtual pré-candidato do seu partido à Presidência?, pergunta O GLOBO. “Ainda é muito cedo para roçar, não vamos deixar que seja tarde para carpir”, responde o principal interlocutor de José Serra (…). “Vamos deixar nossas coisas do PSDB para depois da convenção (marcada para maio). São coisas que estamos discutindo dentro do partido ainda. A alternativa não será apenas nossa, será do conjunto das oposições”, completa Nunes, demostrando que a negociação interna pela candidatura do mineiro não está sacramentada. Nesta entrevista ao GLOBO, o senador tucano critica a reorganização do Congresso de acordo com “interesses setoriais” em detrimento da organização partidária. Ataca a falta de liderança política de Dilma, que há dois anos chegou ao cargo prometendo uma agenda de reformas a ser criada a partir do diálogo com a oposição, mas muito pouco conseguiu.”Agora está tarde, a preocupação com o curto prazo se exacerba porque tudo está submetido à lógica da campanha eleitoral”, afirma o senador, um dos poucos que se posicionaram pela manutenção do veto presidencial na lei dos Royalties e que acusa os outros estados de promoverem “bullying federativo” contra RJ e ES.

O ex-presidente Lula lançou Dilma à reeleição, a oposição deve fazer o mesmo?
Não. Mas eu não vou falar sobre sucessão em matéria de oposição. Vamos tratar na convenção partidária, é outro capítulo. Evidentemente quem antecipou a campanha foi a presidente.

Não é uma estratégia para forçar a oposição a lançar seu candidato?
Eu acho que não, acho que é uma estratégia para exorcizar o fantasma do Lula e a insegurança política dela, porque havia a especulação de que o Lula poderia ser candidato. E também faz isso diante das dificuldades reais que o governo dela está vivendo.

Quais são?
O povo está consumindo, os empregos estão sendo criados, mas são empregos ruins, basicamente no setor
de serviços. Os salários são baixos, as famílias estão se endividando, estamos consumindo mais do que estamos produzindo. Todo mundo está vendo que essas coisas não vão durar muito tempo, acelerar o calendário eleitoral é uma fuga para adiante.

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(…)
Há espaço para atrair o PSB ao projeto do PSDB?
Acho que não. O PSB caminha para ter uma candidatura própria e que não vai se colocar no campo da situação. Dois corpos não ocupam o mesmo lugar. E eu não vejo o Eduardo Campos sendo o vice da Dilma, nem a presidente cometendo a insensatez de chutar o PMDB. Eu cometi a insensatez de fazer um voo de paraglider, sabe o que é isso?

Sim.
Então, paraglider é um seguinte: tem uma hora que bate um vento e enche a vela. É nessa hora que você tem que correr e se lançar. Eu acho que o vento da batendo na vela do paraglider do Eduardo Campos. Imagino que ele quer ser candidato. A Marina é candidata, o PSDB será igual, teremos o nosso.

Mas o vento ainda não bateu e encheu a vela do Aécio?
Ainda é muito cedo para roçar, não vamos deixar que seja tarde para carpir. Pra roçar ainda está um pouquinho cedo. Vamos soltar no tempo certo.

(…)
Há dois anos Dilma assumiu propondo um diálogo para reformas fundamentais…
Não existe. Quando assumiu o Lula chamou a oposição para um diálogo em torno da reforma da previdência. E só por isso a reforma foi concluída naquele momento. Há um diálogo entre governo e oposição, mas em torno de questões tópicas. Uma proposta de agenda de reformas não se propõe. Agora está tarde. A preocupação com o curto prazo se exacerba porque tudo está submetido à lógica da campanha eleitoral. E começa a falar besteira.

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Por exemplo?
Não herdamos nada de ninguém”. “Fazemos o diabo em eleição”. É um linguajar do Lula sem a graça do Lula. Foram dois anos perdidos do ponto de vista da gestão econômica, agora são mais dois anos perdidos também porque ela vai continuar espremendo este limão até o final.

Falta habilidade política?
Não é habilidade, é visão estratégica, é compreender o peso da Presidência. Ela está vivendo na gordura acumulada do governo Lula e fazendo uma operação de cabotagem sem enfrentar os problemas reais. Só fala: “vamos fazer a reforma tributária”. Cadê? E a reforma política? Se vc afastar as questões muito, polêmicas, chega em pontos que todos estão de acordo. Por que o governo que tem a liderança da maioria, não toma a iniciativa? Porque tem uma visão de curto prazo, não abre um diálogo real com as forças políticas do país. É um governo balofo e fraco.

(…)
Na sessão dos royalties falou mais alto o interesse regional…
Os líderes do governo não deram nenhuma palavra, ficaram ali quietinhos. Virou uma bagunça isso, vaca não conhece bezerro. A falta de intervenção para resolver essas questões federativas, aliada à centralização de receitas e desoneração de impostos às custas de estados e municípios, são coisas que tornam os conflitos federativos muito exacerbados. A presidente finge que não é com ela. Deixou chegar a este ponto, tão grave que seus líderes não tiveram condições de se pronunciar em defesa dos vetos dela.
(…)

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