Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Alô, Ministério Público! Fora do Eixo anuncia criança nascida em uma das casas como “construção/experimentação” coletiva; entidade paga a pensão de crianças abandonadas por pais que decidiram viver na comunidade. Com dinheiro da Petrobras e da Lei Rouanet!

Fiquei sabendo que a turma do Fora do Eixo está brava comigo. Que pena! Se forem os chefões, não ligo. Se for a mão de obra similar à escravidão que se explora por lá, pior para os… próprios escravos. A VEJA desta semana traz uma reportagem de Helena Borges sobre a turma. A coisa me […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h38 - Publicado em 12 ago 2013, 04h45

Fiquei sabendo que a turma do Fora do Eixo está brava comigo. Que pena! Se forem os chefões, não ligo. Se for a mão de obra similar à escravidão que se explora por lá, pior para os… próprios escravos. A VEJA desta semana traz uma reportagem de Helena Borges sobre a turma. A coisa me parece bem mais grave do que se supunha. Reproduzo um trecho estarrecedor. Volto em seguida.

(…)
Alguns dos moradores [das casas Fora do Eixo] deixaram seus filhos para viver na comunidade. Nesses casos, é o Fora do Eixo que paga a pensão das crianças. No ano passado, nasceu o primeiro bebê que, segundo o Facebook do grupo, será criado coletivamente. “Benjamin Guarani-Kaiowá”, anunciou alegremente o FdE em um post, “tem mãe e pai biológicos, mas será criado por uma enorme rede, veloz e nômade. Nasceu on-line com registro midialivrista e será uma construção/experimentação dos novos bandos urbanos”. Se a turma de Capilé soa assim meio fora do eixo, seu líder não rasga dinheiro — pelo menos não o de verdade.

Voltei
Por onde a gente começa? A última vez em que crianças foram tratadas como “construção/experimentação” foi, não há por que não lembrar, no regime nazista. “Gente”, como se sabe, não é brinquedo e não pode ser submetida a esses, como posso chamar?, testes. Aliás, já há aí material suficiente para que o Ministério Público se interesse pelas “casas” de Capilé, tanto o setor do MP empenhado no combate ao trabalho escravo como aquele que zela pelos direitos dos infantes. Lembro que a proteção à criança, no Brasil, como está claro no ECA, transcende a vontade dos país. Se há notícia de maus-tratos físicos ou psicológicos, o estado tem o dever de intervir.

Segundo entendi, o pobre Benjamin Guarani-Kaiowá está sendo educado pelo estado paralelo inventado por Capilé — o homem que pega a grana em reais da Petrobras ou de governos e “paga” seus escravos com uma moeda própria, os “cubo cards”. Quando chegar a hora de o pai ou a mãe ir à reunião da escola, o “coletivo” é que vai comparecer? Tadinho do Guarani-Kaiowá… Os outros meninos têm de, simbolicamente, matar um só pai, ele terá de enfrentar um coletivo; os outros têm só uma Jocasta… Este terá todas!

Continua após a publicidade

É um escândalo que essa gente aloprada possa fazer e escrever essa barbaridade. Até porque, como é sabido, uma “construção/experimentação” pode dar certo ou errado, não é mesmo?

Enquanto o chefe da seita se regozija com sua “construção/experimentação”, outras crianças estão crescendo longe de seus respectivos pais, que decidiram largar tudo para se internar no “mosteiro” de Capilé. Generoso, ele, por intermédio das casas Fora do Eixo, paga a pensão da garotada. Benjamin Guarani-Kaiowá, assim, tem um monte de pais; os outros não têm pai nenhum!

Não custa lembrar que a Petrobras e a Lei Rouanet respondem por parte do dinheiro dessa gente. Empresas públicas e privadas que financiam  Capilé e sua turma se tornam moralmente responsáveis por seus métodos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.