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A tolice que Lula disse ao La Repubblica, então, foi outra, não aquela publicada pelo jornal italiano

Muito bem. Comentei ontem aqui, em tom bastante duro, uma tolice que Lula teria dito ao jornal italiano La Repubblica. Segundo publicou o veículo, o ex-presidente brasileiro teria afirmado o seguinte: “Do ponto de vista macroeconômico, qual outro país, além da China, criou as condições de crescimento do Brasil? Nossos críticos dizem que o melhor […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h17 - Publicado em 11 mar 2014, 06h53

Muito bem. Comentei ontem aqui, em tom bastante duro, uma tolice que Lula teria dito ao jornal italiano La Repubblica. Segundo publicou o veículo, o ex-presidente brasileiro teria afirmado o seguinte: “Do ponto de vista macroeconômico, qual outro país, além da China, criou as condições de crescimento do Brasil? Nossos críticos dizem que o melhor é reduzir a oferta de emprego para reduzir a inflação, mas, para nós, a defesa do emprego é mais importante que a inflação”.

Nesta segunda, o Instituto Lula divulgou uma nota afirmando que o ex-presidente não disse exatamente aquilo. Uma gravação de 16 segundos foi posta no ar. E se pode ouvir o petista dizer o seguinte:
“Nossos críticos querem que tenha um pouco de desemprego para poder melhorar a inflação. Eu não quero que tenha desemprego para melhorar a inflação. Eu quero melhorar a inflação com pleno emprego”.

Então é preciso observar duas coisas.

Se o trecho reproduzido pelo La Repubblica deriva desse que foi posto no ar, é claro que o jornal italiano errou. Lula, de fato, disse outra coisa e não sugeriu preferir um pouco de inflação a mais desemprego.

Então não há nada de errado com a sua fala? Há, sim! E é coisa grave!

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A bobagem dita por Lula, como se pode ouvir, é outra. Repito: “Nossos críticos querem que tenha um pouco de desemprego para poder melhorar a inflação”. É mesmo? Quais críticos querem isso? Por que o petista não declina os nomes daqueles que gostariam de ver crescer o desemprego no país para baixar a inflação?

É evidente que isso é uma fantasia. Trata-se apenas de um processo de demonização dos adversários, sugerindo que eles gostariam de punir os pobres com o desemprego. Já os petistas não! Como eles teriam o monopólio da virtude, só querem o bem do próximo.

Tudo indica que o jornal italiano errou mesmo. Lula, então, não disse preferir a inflação ao desemprego, mas acusou, com a ligeireza habitual, seus adversários de preferir o desemprego à inflação. Lula, assim, nega que seja idiota, mas supõe que idiotas sejam os outros.

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