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A Síria e os caminhos de uma análise. Ou: A saída é negociar a paz possível com Assad

Vamos, agora, tratar um tantinho de outra guerra. Quando faço referência a isso e àquilo que se escreveram aqui no blog, o expediente não serve à jactância. É que pretendo chamar a atenção para o fato de que o escrevinhador tem uma linha de pensamento. No caso da Síria, trabalhei com alguns dados de realidade, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h24 - Publicado em 12 set 2013, 17h56

Vamos, agora, tratar um tantinho de outra guerra. Quando faço referência a isso e àquilo que se escreveram aqui no blog, o expediente não serve à jactância. É que pretendo chamar a atenção para o fato de que o escrevinhador tem uma linha de pensamento. No caso da Síria, trabalhei com alguns dados de realidade, a saber: a) a oposição a Bashar Al Assad é tão sanguinária quanto ele próprio; b) a frente política da oposição síria nunca deu as cartas; desde o começo, a luta contra tirano teve características de ação terrorista — os civis eram os principais alvos de sua ação; c) mesmo nas escaramuças militares, a brutalidade era assombrosa; d) os EUA haviam perdido o tempo da intervenção; e) O ambiente interno (dos EUA) é hostil a uma ação militar; f) ela teria de ser feita sem o aval do Conselho de Segurança da ONU; g) uma expedição meramente punitiva apenas vitima os civis; h) que sentido faria bombardear a Síria e deixar Assad no poder, a exemplo de Bush pai, que tirou o Iraque do Kwait, mas deixou o tirano no poder? Não foi reeleito.

Por isso, ainda que parecesse improvável, à primeira vista, que o plano de controle de armas desse certo, achei que se estava diante de uma saída para todos os atores, ainda que não diante de uma solução — vamos ver se será mesmo implementado. Os EUA poderão dizer que a sua força e as ameaças levaram Assad a ceder; o tirano pode, por seu turno, afirmar que está colaborando, não se divorciando inteiramente do concerto internacional. Com os seus opositores continuarão a atacar, isso lhe dá, digamos, uma certa razão prática. O não-ataque significa também que os EUA e as forças ocidentais, definitivamente, não reconhecem os atuais inimigos de Assad como forças confiáveis.

Aliás, pensando em termos estritamente humanitárias e nas forças que estão de cada lado, o melhor que os EUA teriam a fazer seria pressionar a Arábia Saudita e o Catar a parar de financiar as ações armadas na Síria. A menos que Assad seja vítima de um golpe ou assassinado em alguma conspiração, parece que vai continuar lá, com a consequente matança. A esta altura, parece que a única coisa sensata  é negociar um a saída COM ASSAD, não sem ele. Desde, é claro, que o tiano não incida em novos e brutais crimes de guerra. Nesse caso, aos EUA só restará o ataque.

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