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A sabatina dos pré-candidatos do PSDB em SP e o que está em jogo

A Folha e o UOL fizeram ontem uma sabatina com os quatro pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo. Os vídeos estão aqui. José Aníbal, Ricardo Trípoli, Andrea Matarazzo e Bruno Covas evitaram, como destacaram os promotores do debate, críticas mais duras à gestão do prefeito Gilberto Kassab, do PSD. Evitaram, assim, cair na […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h59 - Publicado em 6 dez 2011, 06h15

A Folha e o UOL fizeram ontem uma sabatina com os quatro pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo. Os vídeos estão aqui. José Aníbal, Ricardo Trípoli, Andrea Matarazzo e Bruno Covas evitaram, como destacaram os promotores do debate, críticas mais duras à gestão do prefeito Gilberto Kassab, do PSD. Evitaram, assim, cair na primeira armadilha que se coloca à frente dos tucanos. Por quê?

Chamemos as coisas pelo nome que elas têm. O melhor cenário para os adversários do PT, obviamente, é a união das forças atualmente hegemônicas na capital e no Estado. Com que composição? Bem, isso é o que se vai ver. Uma coisa é certa, embora não pareça à primeira vista: se o PSDB e o PSD se dividirem, isso é mais prejudicial para os tucanos do que para o atual prefeito. E eu explico por quê.

Como não há amadores do lado de lá e como o Planalto, em princípio, não quer hostilidades com Kassab, que hoje lidera um partido com uma respeitável bancada, é bem provável que o prefeito e seu candidato sejam poupados da artilharia petista, que vai eleger, obviamente, o PSDB como alvo. O PT quer, sim, vencer na cidade de São Paulo, mas considera que essa é só uma etapa do grande objetivo: conquistar o Palácio dos Bandeirantes em 2014, o que nunca aconteceu. Os petistas estão com um olho na cadeira de Kassab, mas têm os dois na cadeira de Alckmin.

Se o governador e o atual prefeito estiverem juntos e efetivamente empenhados na eleição de um candidato, reunindo, assim, uma bancada considerável de vereadores, é claro que se terá um nome forte, em condições de enfrentar — anotem aí — a gigantesca máquina petista que será mobilizada. Esqueçam Fernando Haddad. Ele não tem grande importância, como Dilma não tinha em passado recente. Mas vem com padrinhos fortes, não é?, a começar de Lula. Dilma também vai se empenhar. Pesquisas indicam que sua “faxina” é bem-vista pelo eleitorado paulistano.

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Mais: Haddad é hoje o queridinho de muitos setores da imprensa e de boa parte do colunismo político. Isso não é irrelevante. O gosto transforma-se em pauta em jornais e sites, que, por sua vez, pautam rádios, que geram ondas de opinião… Lembro, por exemplo, que boa parte das instituições federais de ensino — universidades e escolas técnicas — ficaram quatro meses em greve. Não se leu quase nada a respeito. Há dias, números do Unicef demonstraram o naufrágio no ensino médio brasileiro e a queda ridícula do analfabetismo, tudo sob a gestão Haddad. Ouviu-se, de novo, um enorme silêncio.

Com isso, quero chamar a atenção para o fato de que o osso que se tem pela frente é bastante duro de roer. E há, claro!, o PMDB: Gabriel Chalita, ele sim, poderá ser mais duro com Kassab se for mesmo candidato. Lula se esforça, no entanto, para tê-lo como vice de Haddad, na esperança de atrair um eleitorado normalmente refratário ao PT.

A união PSDB-PSD é só uma questão, acho eu, de sensatez.  O PT aprendeu a ser bastante pragmático nessas coisas. Na composição dos palanques aos governos estaduais e na definição das disputas pelo Senado, a escolha de Lula foi uma só: “Como derrotar o PSDB e o DEM? Faça-se o necessário!” O PT quer as jóias da coroa tucana. Com Kassab, pode até sonhar em compor mais tarde. Por isso torce para PSDB e PSD estejam em chapas distintas. E, de preferência, se estapeando.

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