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A primeira-amiga de Lula e a máxima: “Quem tem padrinho não morre pagão”

Vocês leem no post abaixo que Rosemary Nóvoa Noronha, aquela que foi definida num ataque de eufemismo decoroso em nossa imprensa como “amiga íntima de Lula”, foi banida por cinco anos do serviço público. Pois é… Acho que ela esperava alguma punição no âmbito, digamos, administrativo. Como acontecia, no entanto, com os protegidos do “padrinho” […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h20 - Publicado em 24 set 2013, 22h35

Vocês leem no post abaixo que Rosemary Nóvoa Noronha, aquela que foi definida num ataque de eufemismo decoroso em nossa imprensa como “amiga íntima de Lula”, foi banida por cinco anos do serviço público. Pois é… Acho que ela esperava alguma punição no âmbito, digamos, administrativo. Como acontecia, no entanto, com os protegidos do “padrinho” em “O Poderoso Chefão”, os que estão sob o guarda-chuva sabem que podem até enfrentar dificuldades, mas jamais serão abandonados. Ao contrário: tão logo apareça uma chance, são reabilitados e voltam por cima — outros, a exemplo de Delúbio Soares ou José Dirceu, nem mesmo têm abalado o seu prestígio. O caso mais recente a ilustrar essa máxima é Hamilton Lacerda, o homem da mala preta do tal “escândalo dos aloprados”. Tornou-se um assessor graduado do petista-cutista Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo, cujos tentáculos vão bem além da cidade, vocês ainda verão. Lacerda é uma espécie de executivo-chefe do consórcio que reúne as sete cidades do Grande ABC.

E Rosemary? Suas tarefas partidárias sempre tiveram um cunho muito específico, e é duvidoso que possa servir formalmente à legenda. Também não se imagina que possa ser recebida em encontros do PT com urras de “Rosemary, guerreira, heroína da mulher brasileira”. Troque-se o gênero, e há uma trovinha assim para Dirceu. Também não me parece que o presidente da CUT vá dizer que tem muito orgulho de se reunir com ela, como fez ao festejar Delúbio. Isso não quer dizer, obviamente, reprovação política ou, sei lá, moral a Rosemary. No momento, trata-se apenas de uma inconveniência, cujas franjas se estendem além da política.

Então a coitada vai agora se molhar? De jeito nenhum! Na VEJA que chegava aos leitores no dia 7 de setembro, Robson Bonin informava:
“(…) a ex-secretária dispõe do apoio de três grandes bancas de advocacia do país. Escritórios que têm em sua carteira de clientes banqueiros, corporações, figurões da República, milionários dispostos a desembolsar o que for preciso para assegurar a melhor defesa que o dinheiro pode comprar. Rosemary, apesar do perfil diferenciado, faz parte desse privilegiado rol de cidadãos. (…) São profissionais que, de tão requisitados, calculam seus honorários em dólares americanos, mas que, nesse caso, não informam quanto estão cobrando pela causa, muito menos quem está pagando a conta. Acostumado a cuidar dos interesses de empresários como o bilionário Eike Batista, o criminalista Celso Vilardi defende Rosemary na esfera penal. Já no processo disciplinar em andamento na Controladoria-Geral da União (CGU), atuam dois pesos-pesados do direito público, que têm entre seus clientes banqueiros e megacompanhias como a Vale. O advogado Fábio Medina Osório cuidou da formulação da defesa de Rosemary e agora atende apenas a empresa da família, a construtora New Talent. Já o advogado Sérgio Renault foi escalado para acompanhar o desfecho do caso – prestes a chegar à mesa do ministro Jorge Hage – na CGU.”

Encerro
Sim, sempre resta a possibilidade de que alguns dos maiores advogados do país tenham se apaixonado por causa tão nobre. Como a gente diz lá em Dois Córregos, “quem tem padrinho não morre pagão”.

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