A OAB se ajoelha diante da ditadura de Janot e apoia impeachment
Por 25 votos a 1, o Conselho Pleno da entidade diz achar que Michel Temer cometeu crime de responsabilidade. Lamachia se diz orgulhoso. Do quê?
Num erro que já pode ser considerado histórico, o Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu, por 25 votos a um, apoiar o impeachment do presidente Michel Temer. Cada conselheiro representa um Estado. Uma pessoa faltou.
Leio na VEJA.com que Cláudio Lamachia, presidente do Conselho Federal da Ordem, afirmou: “Estamos a pedir o impeachment de mais um presidente da República, o segundo em uma gestão de um ano e quatro meses (…). Tenho honra e orgulho de estar nessa entidade e ver a OAB cumprindo seu papel, mesmo que com tristeza, porque atuamos em defesa do cidadão, pelo cidadão e em respeito ao cidadão. Esta é a OAB que tem sua história confundida com a democracia brasileira e mais uma vez cumprimos nosso papel”.
Caso o impeachment se dê, quem vai sofrer é justamente o cidadão, o mais pobre em particular.
Há muitos anos a OAB vem se comportando de maneira lamentável. Mais de uma vez, assistiu muda às invectivas do PT contra o estado de direito, alinhada que estava com o poder. E custou a arredar pé. Posições equivocadas, em passado recente, são muitas, a exemplo da ADI contra a doação de pessoas jurídicas a campanhas. Se não houver o fundo público, o pleito estará entregue ao crime organizado.
Agora, a Ordem vem endossar essa patuscada. E o fez depois de saber que a gravação que veio a público sofreu mais de 50 cortes; depois de saber que estamos diante de um caso escandaloso de “flagrante armado”, o que agride a ordem jurídica; depois de saber que uma das personagens que atuam no estrepitoso caso “JBS”, advogando para a empresa, é um ex-braço forte de Rodrigo Janot.
É uma posição lamentável!
Aliás, a Ordem tem sido omissa na defesa dos advogados de… defesa! Com frequência, a advocacia é tratada aos chutes por juízes e procuradores. Mas a entidade se queda muda.
E agora decide se entregar à ditadura de Rodrigo Janot.