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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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A NOVIDADE QUE ESTÁ NA RUAS É A GUERRA VIRTUOSA DE VALORES! VEIO PARA FICAR! OU: VÃO PRA RUA EM PAZ, REVOLTADOS DO BRASIL LIVRE!

Há certo clima de comemoração antecipada no PT com o que se considera por lá insucesso das manifestações de repúdio ao governo marcadas para este domingo. Há grupos que anunciaram protestos em mais de 400 cidades Brasil afora, quase o dobro do que se viu no dia 15 de março. No governo, a palavra de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 01h38 - Publicado em 12 abr 2015, 09h51

convocação 12 de abril

Há certo clima de comemoração antecipada no PT com o que se considera por lá insucesso das manifestações de repúdio ao governo marcadas para este domingo. Há grupos que anunciaram protestos em mais de 400 cidades Brasil afora, quase o dobro do que se viu no dia 15 de março. No governo, a palavra de ordem é tratar do assunto com discrição. Segundo o monitoramento das redes sociais feito pelo Planalto, há menos entusiasmo desta vez. Como vocês sabem, não fiz prognóstico daquela vez e não farei agora. Para saber hora e local do evento na sua cidade, clique aqui.

Referindo-me aos protestos deste domingo, escrevi na Folha, na sexta:
“Vários movimentos que se opõem ao atual estado de coisas convocaram um protesto para este domingo, dia 12. Talvez reúna menos gente do que o do dia 15 de março. Superar aquele marco não é relevante. Nenhuma sociedade, a menos que viva uma convulsão pré-revolucionária, se mantém permanentemente na rua contra o ‘statu quo’.
O sintoma que interessa ao futuro é outro. Mesmo liderando uma máquina ainda poderosa e organizada, CUT e PT protagonizaram um vexame na terça passada. Nem os companheiros compareceram ao enterro da última quimera de Luiz Inácio Lula da Silva. Quem apostaria, até outro dia, que a prontidão de mulheres e homens comuns, sem o abrigo de bandeiras, superaria a da militância organizada? Mas hoje é assim.”

Se não ficou claro: protestos de rua não são uma corrida contra si mesmos, de sorte que seus organizadores tenham de, a cada vez, botar mais gente na rua. A luta para apear do poder o PT e seus métodos não é uma corrida de 100 metros. Pode ser uma maratona. Mesmo que Dilma venha a ser colhida por um processo de impeachment, isso não significa que o Brasil terá resolvido os seus problemas. Da mesma sorte, não está condenado ao desastre eterno se o impedimento não acontecer.

Na minha coluna na Folha, falo de uma nova consciência que está se plasmando no país. Em jornadas de protestos em anos anteriores, eu estava muito menos otimista do que agora. Havia manifestações de descontentamento, mas quase não se viam movimentos minimamente organizados. Desta vez, é diferente. O “Vem pra Rua” existe. O “Movimento Brasil Livre” existe. O “Revoltados Online” existe. Há vários outros empenhados em não deixar a peteca cair. A novidade, em suma, é justamente esta: a disputa pelo espaço público não se limita mais às esquerdas.

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A esmagadora maioria dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha publicada neste domingo pela Folha, apoia os protestos: 75% se dizem favoráveis — só 19% se dizem contrários. Espero que o “Vem pra Rua” e o “Movimento Brasil Livre” não caiam na armadilha de se obrigar a levar para as ruas um número sempre crescente de pessoas nem fiquem reféns de uma pauta única, de curto prazo.

O que essa moçada traz de verdadeiramente novo para a política não é pedir o impeachment de Dilma — cedo ou no prazo, que é tarde!, ela deixará o cargo. A novidade está na disposição de fazer a guerra virtuosa de valores e de entrar em sintonia com a maioria silenciosa do povo brasileiro.

Agora vou dormir um tantinho. Daqui a pouco, rua!

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