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A mistificação petista sobre saneamento. Ou: a verdade no esgoto

Já escrevi aqui, vocês podem procurar em arquivo, e reafirmo: os debates, na forma como são feitos no Brasil, têm colaborado para privilegiar a mentira, a picaretagem  e, com alguma freqüência, o absurdo. Se as campanhas eleitorais na TV se transformaram em diversão de marqueteiros, com rebaixamento óbvio da política, nos debates, a coisa não […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h16 - Publicado em 13 set 2010, 07h45

Já escrevi aqui, vocês podem procurar em arquivo, e reafirmo: os debates, na forma como são feitos no Brasil, têm colaborado para privilegiar a mentira, a picaretagem  e, com alguma freqüência, o absurdo. Se as campanhas eleitorais na TV se transformaram em diversão de marqueteiros, com rebaixamento óbvio da política, nos debates, a coisa não é muito diferente. Os jornalistas acabam servindo de escada para a conversa mole. E o candidato “esperto” sempre aproveita a fala final de uma seqüência de resposta, réplica e tréplica com os adversários para dizer abobrinhas e inverdades que ficam sem contestação.

Ontem, Serra e Dilma divergiram sobre o investimento em saneamento básico. A petista gosta de afirmar que o que era tragédia no governo FHC virou um paraíso no governo petista. Não é exatamente o que dizem os números. Em 1996, 48,5% da população tinham acesso a água tratada. FHC passou o governo a Lula, em 2003, com 59,6%. Em 2008, chegava a 68,3% Em relação à coleta de esgoto, saiu-se de 32% em 1996 para 41% no fim de 2002, atingindo 52% em 2008. O avanço nos dois governos é equivalente. E há muito a fazer na área.

Mas vamos lá. Serra afirmou que, no governo Lula, entre 2003 e 2009, o investimento em saneamento foi inferior ao que se investiu nos oito anos anteriores. Não deu números, mas estava falando a verdade: foram R$ 49 bilhões (em valores de 2009) no total, o que dá uma média de R$ 6,1 bilhões por ano, contra a média de R$ 5,36 bilhões no governo Lula (também em valores de 2009). Dilma não contestou a informação do adversário  — que lembrou ainda que o governo elevou a alíquota do PIS/Cofins para investimento em saneamento, de 3% para 7,6% — e preferiu fazer perorações sobre o crescimento do crédito.

Uma fala sua dá a medida de como faz política: “Essa história de que ‘eles’ investiram em saneamento não é real. E não é real porque os prefeitos desse país sabem, porque os governadores desse país sabem: não havia investimento em saneamento”. Bem, isso é, obviamente, uma daquelas mentiras clamorosas do petismo. Não só o dinheiro investido desmente a afirmação como os dados de água e esgoto, que são do PNAD.

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