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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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A imprensa em ritmo de barbárie 2: Os crimes cometidos contra a educação em São Paulo

Praticamente se ignorou o fato de que os promotores das invasões são movimentos e militantes escancaradamente políticos

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 23h56 - Publicado em 6 dez 2015, 07h45

Chega a ser escandaloso o que se viu na cobertura das invasões de escolas no Estado de São Paulo, promovidas pelo PT, pelo MTST, pelo Movimento Passe Livre, por frações do PCdoB e por esquerdistas menos cotados — com uma participação, sim, diminuta de estudantes de verdade, usados como massa de manobra de profissionais da política e da arruaça.

O plano de reestruturação das escolas é, nos limites dados, bom e necessário. Para começo de conversa, não há teoria pedagógica no mundo que não recomende que estudantes sejam separados por faixas etárias. Trata-se até de uma questão de segurança para os mais jovens, para as crianças.

O fato de a Secretaria de Educação ter se comunicado mal e ter tentado executar a reestruturação sem ouvir adequadamente os atores envolvidos não anula o fato de que os grupelhos de esquerda resolveram criar uma “causa” — com, mais do que o apoio, a militância mesmo de jornalistas.

Recomendo que leiam reportagens do Estadão deste domingo a respeito. Há muito eu não via um caso tão exemplar de militância disfarçada de jornalismo. Um dos títulos é este, sobre o estabelecimento que fez a primeira invasão: “A escola que fez 93 ficarem abertas”. Pois é… Ocorre que nem o fechamento é verdadeiro. Os prédios continuarão dedicados à área.

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O texto trata em tom encomiástico a decisão dos alunos de cobrir a imagem de Fernão Dias Paes com um saco preto porque o bandeirante era “matador de índio”. Um dos alunos teria sugerido, então, que se adotasse o nome da rua em que fica a escola: Pedroso de Moraes. Foram ao Google e concluíram que também ele era “matador de índio”.

É tudo de uma boçalidade espantosa, a começar do fato de que, bem…, índios também eram matadores de índios… O Estadão fornece um endereço na internet para ler a rotina das escolas ocupadas, como se fossem ninhais de novos Voltaires…

Não medi, mas, se fosse fazer a minutagem da GloboNews, por exemplo, desconfio que a invasão, chamada de “ocupação”, das escolas superou em muito o tempo dedicado ao impeachment. Aliás, parece que, em boa parte da imprensa, muito especialmente emissoras de TV, com uma exceção aqui e ali, o que se está a fazer é a lógica da compensação: “Estão vendo? Também batemos em tucanos!!!”.

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Até parece que não está em curso uma ação criminosa contra a educação, contra a qualidade, contra a racionalidade, contra a racionalização de custos.

Dizia-me, neste sábado à noite, uma amiga que acompanha a questão há muito tempo: “Quer saber? Parece não ter jeito. No geral, os governos não dão bola para educação pública. Quando alguém tenta implementar uma medida que está correta, ainda que não seja ‘a’ solução, aí as esquerdas impedem qualquer mudança, pautadas ou por corporativismo ou pelo jogo mais rasteiro para confrontar adversários. E os pobre que se danem!”.

É claro que ela tem inteira razão. Uma das ativas defensores da ocupação foi a senhora Maria Isabel Noronha, presidente da Apeoesp, entidade que, sob o comando do PT, sabotou todas as tentativas honestas de melhorar a educação no Estado.

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Notem que praticamente se ignorou o fato de que os promotores das invasões são movimentos e militantes escancaradamente políticos, muitos deles na faixa dos 30 anos — com frequência, acima. E se omitiram de leitores, internautas e telespectadores essa evidência.

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