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A farsa da CPI da maioria contra a minoria

O notório “delegado” Protógenes Queiroz, eleito deputado federal pelo PCdoB com os votos de Tiririca, indiciado ele próprio pela Polícia Federal por dois crimes — esconde-se na imunidade parlamentar —, protocolou na Mesa da Câmara um pedido de CPI das Privatizações, aquelas mesmas já investigadas e viradas do avesso pelo petismo ao longo de nove […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h51 - Publicado em 21 dez 2011, 16h09

O notório “delegado” Protógenes Queiroz, eleito deputado federal pelo PCdoB com os votos de Tiririca, indiciado ele próprio pela Polícia Federal por dois crimes — esconde-se na imunidade parlamentar —, protocolou na Mesa da Câmara um pedido de CPI das Privatizações, aquelas mesmas já investigadas e viradas do avesso pelo petismo ao longo de nove anos de governo. O pedido conta com 206 assinaturas, mas ele admite que algumas podem ser “repetidas”. Não diga!!! Sabem como é… É assinatura demais para fazer uma simples checagem e eliminar as repetições… Tenham paciência! O objetivo é um só: manter a farsa no noticiário, assim como se mantém a mentira de que o livro do tal ex-jornalista — indiciado em quatro crimes — já teria vendido 15 mil exemplares. Os esquerdistas se dedicam a uma campanha frenética na rede, mas não jogam dinheiro fora.

Segundo Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, o exame só será feito no ano que vem. O circo está potencialmente armado. Nada menos de seis ministros foram demitidos sob a suspeita de corrupção. E não há, evidentemente, a menor chance de se instalar uma comissão de inquérito para investigar o que quer que seja. Um ministro como Fernando Pimentel nega-se até mesmo a prestar um simples esclarecimento no Congresso. Mas há, em tese ao menos, a possibilidade de se instalar uma CPI para investigar as privatizações feitas em… 1998!!! Imaginem se os petistas já não teriam botado a boca no trombone e levado ao horário eleitoral gratuito eventuais irregularidades. Nunca o fizeram porque não há o que dizer. É por isso que sempre preferiram a guerra ideológica.

Ter a possibilidade de uma CPI em ano eleitoral pode ser uma arma e tanto de constrangimento da oposição. Não que essas coisas sejam assim tão simples: a Constituição Federal, no Parágrafo 3º do Artigo 58, exige que haja um “fato determinado” para a instalação de uma comissão. Não basta um amontoado de ilações sem provas — e o livro do ex-jornalista indiciado não passa disso.

O leitor talvez não se dê conta do absurdo que é esse pedido —  e não só porque falta o fato determinado. CPIs são instrumentos das minorias, nunca das maiorias. E assim é por um motivo óbvio: se à maioria bastasse se reunir para “investigar” a oposição, convenham que se estaria no caminho de uma ditadura.

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Essa história não passa de uma patuscada, mas é bom a oposição acordar para o que está em curso. Estão tentando usar a CPI não para investigar o que quer que seja — ou alguém pretende chamar Lulinha da Silva para falar sobre o seu contrato com a Telemar? —, mas como instrumento de intimidação da oposição, oposição essa que já é numericamente raquítica. Logo, temos algo além da simples intimidação: é mesmo uma tentativa de extermínio.

É claro que Protógenes, o indiciado, integra o grupo dos parlamentares  folclóricos. Mas é preciso ter claro que o comando do PT está dando apoio nada discreto à iniciativa. Ora, se a coisa colabora para corroer a reputação da oposição, tanto melhor, ainda que seja com um amontoado de delírios.

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