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A FACE FASCISTÓIDE DO AMBIENTALISMO. OU: FILHO DE SARNEY, EIS UM HOMEM DO FUTURO!!!

Leiam esta notícia da Agência Brasil. Volto em seguida: Uma campanha lançada na última semana pela organização não governamental SOS Mata Atlântica deu início a um novo round na briga entre ruralistas e ambientalistas no Congresso Nacional. Batizada de “Exterminadores do Futuro”, a iniciativa da ONG vai listar políticos que “agem contra o ambiente”. Na […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h42 - Publicado em 18 mar 2010, 17h44

Leiam esta notícia da Agência Brasil. Volto em seguida:

Uma campanha lançada na última semana pela organização não governamental SOS Mata Atlântica deu início a um novo round na briga entre ruralistas e ambientalistas no Congresso Nacional. Batizada de “Exterminadores do Futuro”, a iniciativa da ONG vai listar políticos que “agem contra o ambiente”. Na mira estão, por exemplo, parlamentares que defendem a flexibilização de leis ambientais, como o Código Florestal.

A bancada ruralista reagiu e pretende entrar no Conselho de Ética da Câmara contra os parlamentares que apoiam a criação e divulgação da lista de “exterminadores”. O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Abelardo Lupion (DEM-PR), disse que a primeira representação será contra o colega Sarney Filho (PV-MA), presidente da Frente Parlamentar Ambientalista.

“Vai ser por quebra de decoro parlamentar. Foi uma canalhice do Zequinha Sarney. Não aceitamos que se tragam ONGs estrangeiras para fazer terrorismo contra deputados que estão fazendo um trabalho sério”, argumentou. Segundo Lupion, os advogados da Comissão de Agricultura estão levantando informações sobre outros parlamentares que manifestaram apoio à iniciativa.

Sarney Filho, que participou do lançamento da campanha, disse que não se sente intimidado com a ameaça de representação no Conselho de Ética. “Se for pelo fato de estar defendendo o desenvolvimento sustentável, a diversidade e os ecossistemas, me sinto até honrado de ir ao conselho.” O deputado considera a atitude dos ruralistas uma tentativa de intimidar a bancada verde diante da proximidade da votação do relatório sobre modificações no Código Florestal. “Mas o tiro saiu pela culatra. Essa situação só reforça nossas convicções”, acrescentou.

Além dos deputados, Lupion disse que pretende entrar na Justiça contra a ONG caso seu nome apareça no ranking. “A partir do momento que ele divulgarem a tal lista, vamos entrar com ações de perdas e danos, de difamação, vamos quebrar essas ONGs”, adiantou. A lista deve ser divulgada no começo de julho, às vésperas do período eleitoral. Em maio, uma versão prévia deverá ser apresentada e os “exterminadores” indicados poderão se defender antes da inclusão definitiva no ranking de inimigos do meio ambiente.

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Comento
Tenho tratado aqui habitualmente do absurdo que toma conta do debate político e do noticiário quando o agronegócio entra na pauta.

Tivesse o setor uma importância marginal no Brasil, tudo bem! Fossem os “ruralistas” (expressão que já vem carregada de preconceito) expressão das “elites tradicionais” (como diriam os marxistas do calcanhar sujo das nossas universidades), que vivem do que conseguem amealhar do estado, em vez de fornecer recursos a este mesmo estado, a pressão política seria até legítima. Mas é assim?

Quem vocês acham que se encaixa melhor naquela definição de “elite”? Zequinha Sarney, deputado do Partido Verde e agora “marinista” desde que seu bigode ainda era um buço, ou um produtor de soja, milho ou carne? A propósito: o que é que a família Sarney produz?

Não custa lembrar: o agronegócio garante sozinho o superávit da balança comerical brasileira. O agronegócio é único responsável pelos US$ 240 bilhões de reservas que tem o Brasil e que têm servido de âncora da estabilidade econômica. Não obstante, é obrigado a se defender do ataque vagabundo de políticos que estão dentro e fora do governo.

Essa lista é criminosa. Zequinha — este grande militante da causa verde; este ilustre representante da Casa dos Sarneys — e seus amiguinhos ongueiros sabem que os setores da imprensa que acreditam que comida nasce no Carrefour e no Pão-de-Açúcar tendem a dar ampla divulgação à lista.

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É claro que não desejo isto para o Brasil, mas, às vezes, sou tentado a sugerir que façamos o seguinte:
“Ok, gente! Paremos tudo! Marina Silva e seu bilionário sensível, o candidato a vice Guilherme Leal, vão decidir agora os rumos da agricultura e da pecuária no Brasil. Daremos aos ambientalistas tudo o que eles quiserem; daremos aos que reivindicam reserva disso e daquilo tudo o que pedirem. Será um momento lindo! Como diria Gregório de Matos, a terra ‘ficaria esfaimando’, mas seríamos ecologicamente corretos segundo as ONGs internacionais que cuidam das nossas florestas.

No lugar do Ministério da Agricultura, teríamos o Ministério do Cosmético. Poderíamos viver da exportação de xampus e cremes anti-rugas feitos de taiuiá-grande, cultivada pelos índios “Bibelôs dos Babacas” (uma tribo que acabo de inventar), segundo as mais rigorosas exigências dos espíritos ancestrais da floresta. Você não sabe o que é um taiuiá-grande, leitor? Ah, é uma “trepadeira melífera da família das cucurbitáceas, de folhas membranosas e pepônios globosos, também chama de abóbora da anta. A gente morreria de fome, mas com a alma limpa e a pele esticada.

Também estou nesta luta!
Abaixo os ruralistas!
Viva o verde Zequinha Sarney!
Vivam os Bibelôs dos Babacas!
Viva o xampu de taiuiá-grande!

Todo poder ao Soviete dos Cosméticos!

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