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A absurda lei antitabaco de Nova York

O mundo está ficando mesmo engraçado, não é?  Vocês já viram a lei que passou a valer em Nova York, né? Leiam o que informa a France Presse. Volto depois: Uma nova lei que entrou em vigor nesta segunda-feira em Nova York proíbe fumar em 1.700 parques e praças, além de banir o consumo de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h54 - Publicado em 24 Maio 2011, 00h47

O mundo está ficando mesmo engraçado, não é?  Vocês já viram a lei que passou a valer em Nova York, né? Leiam o que informa a France Presse. Volto depois:

Uma nova lei que entrou em vigor nesta segunda-feira em Nova York proíbe fumar em 1.700 parques e praças, além de banir o consumo de cigarros ao longo de 22,5 km de praias da cidade. A medida, que foi decretada pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, prevê multa de 50 dólares para os que forem flagrados fumando em locais proibidos. Para advertir os fumantes, foram colocados sinais nas entradas dos locais públicos, mas, como era de se esperar, a medida deixou alguns insatisfeitos: “Não sabia da lei. Vi muitas pessoas fumando. É ridículo”, afirmou o arquiteto e fumante David Harris, de 40 anos. “Não poder fumar em um lugar fechado é algo que faz sentido, mas a proibição em um lugar aberto não faz sentido algum”, argumentou Harris.

Desde 2003 era proibido fumar em Nova York em bares e restaurantes. Muito antes disso, já era proibido o fumo em locais de trabalho. Para sensibilizar a opinião pública, o departamento de Saúde e Higiene Mental anunciou esta semana o lançamento de uma campanha educativa na televisão, no metrô e na imprensa escrita. À frente desta campanha contra o cigarro, Bloomberg assegurou que, a partir desta segunda-feira, “os espaços públicos serão não apenas mais agradáveis, mas também mais saudáveis, limpos e belos”.

“Todos sabemos que fumar é algo nocivo (…) Baixar a porcentagem de exposição dos nova-iorquinos como fumantes passivos é um passo importante para dar mais saúde a nossa cidade”. Segundo o comissário do departamento de Saúde de Nova York, Thomas Farley, “os parques livres de cigarros protegem a todos aqueles que os visitam dos riscos trazidos pelo fumo passivo” e eliminam o mau exemplo às crianças. O tabagismo é responsável por um terço das mortes evitáveis na cidade, de acordo com o prefeito de Nova York. O número de fumantes na cidade já caiu 27% entre 2002 e 2009 e o número de mortes vinculadas ao cigarro recuou 17% ao longo da última década.

Além dos casos de saúde, há também uma questão ambiental envolvendo os fumantes. Segundo dados oficiais, os filtros de cigarro somam mais de 75% do lixo encontrado nas praias e demoram mais de 18 meses para se decompor.

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Voltei
Eu, o cara que critica a Marcha da Maconha, acho bacana a lei de Nova York? É claro que não, ué! Trata-se de uma estupidez autoritária. “Como assim?” O tabaco não é considerada uma substância ilícita nos EUA, certo? Por que a severidade mesmo em locais abertos? Em nome da saúde dos fumantes? Os carros serão proibidos de circular às margens — e dentro! — do Central Park?

É claro que a decisão decorre do misto de hipercorreção política e “medicalização” da sociedade. Sei não… Sou capaz de jurar que boa parte dos nossos marchadores, por aqui, acham correto que se proíba o tabaco…

E se os tabagistas decidissem fazer uma marcha em Nova York? Ora, eu apoiaria. Ou, então, ponham a substância na ilegalidade… A suposição de que alguém fumando numa praça aberta causa males à saúde de terceiros é de um ridículo atroz —  se estes não estiverem perto o bastante, claro!. Trata-se de um excesso de intromissão na vida dos indivíduos.

O mesmo não vale para a maconha? Não! E já expliquei umas 500 vez por quê. Recorram aos arquivos os curiosos.

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