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“Toda decisão da petrobrás é política”, afirma presidente da empresa

Por Irany Tereza, no estadão: As principais definições da Petrobrás são políticas, admite o presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. A definição de preços dos combustíveis, a decisão sobre a obrigação de conteúdo nacional nos equipamentos fornecidos à Petrobrás, investimentos em petroquímica, tudo depende de definição política. O executivo fala com naturalidade sobre o tema, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h04 - Publicado em 17 ago 2011, 07h17

Por Irany Tereza, no estadão:
As principais definições da Petrobrás são políticas, admite o presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. A definição de preços dos combustíveis, a decisão sobre a obrigação de conteúdo nacional nos equipamentos fornecidos à Petrobrás, investimentos em petroquímica, tudo depende de definição política. O executivo fala com naturalidade sobre o tema, afirmando que ingerências políticas ocorrem em todas as empresas do setor. Na sua palestra, no seminário Os Novos Desafios do Pré-Sal, ele citou empresas concorrentes, como Shell, Exxon e BP, para corroborar sua tese.

Em entrevista ao Estado logo após o debate, ratificou: “Toda decisão é política. Conteúdo nacional; aumentar ou não a exploração; vender para a China ou para os Estados Unidos; aumentar ou não o preço do combustível; entrar ou não na petroquímica”, disse, lembrando que o conselho de administração da empresa é integrado por ministros de Estado. A seguir, os principais trechos da entrevista.

A Petrobrás vai ajudar a calibrar as ofertas de áreas de pré-sal?
A Petrobrás não tem nada a dizer sobre a oferta (leilão de áreas). Mas a lei aprovada pelo Congresso diz o que fazer. As novas áreas serão ofertadas de forma a garantir que a indústria nacional possa atender à demanda por conteúdo nacional. A velocidade de entrada de novas áreas vai ser determinada não pela Petrobrás, mas pela capacidade dos estaleiros brasileiros, pela capacidade de produção de equipamentos no Brasil.

Podemos presumir que a Petrobrás não espera a licitação para a área do pré-sal a curto prazo? Só a partir de 2013?
Nosso plano é de longo prazo, até 2015. Quando houver a licitação, vamos nos posicionar. Vamos analisar as condições, saber se vamos disputar os 70% (a estatal obrigatoriamente já entra como detentora de 30% de todas as áreas) ou se vamos ficar nos 30%.

A Petrobrás espera mudar de patamar de investimentos?
No sentido de ser mais do que os US$ 224 bilhões? Pode ser. Ou não! Depende da oferta. Posso desinvestir, mudar o ritmo de outros projetos. Quando falo em 40% da produção vir do pré-sal em 2020, estou falando dos campos atuais, não dos novos. A concessão atual é 30% da área toda do pré-sal.

A Petrobrás já tem um plano para os desinvestimentos do planejamento estratégico?

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Eu não tenho um plano, tenho uma lista de três tipos ativos que vamos incluir no programa. Serão blocos exploratórios e de produção; participação acionária em empresas e o terceiro ativo é o uso de nossos recebíveis e imobilização de caixa, que devemos liberar.

Sobre a venda de participações acionárias, já há nomes?
Fizemos uma lista que é maior do que US$ 13,6 bilhões. Muito maior.

Quanto maior?
Muito maior, ponto. Colocamos US$ 13,6 bilhões porque é o que precisamos para que o plano seja financiado no nível que queremos: entre 1,6 e 1,9 vezes o Ebitda de dívida líquida e com a taxa de alavancagem entre 26% e 29%. Daí porque vou ter US$ 13,6 bilhões de venda de ativos; US$ 26 bilhões de caixa hoje; de US$ 125 bilhões a US$ 149 bilhões de geração própria de caixa depois de dividendos, e captação entre US$ 67 bilhões e US$ 91 bilhões.

E os desinvestimentos ocorrerão ao longo de dois anos e meio, conforme forem necessitando desse capital?
Não precisamos desse capital agora, mas em cinco anos. São US$ 224,7 bilhões de investimentos mais US$ 31 bilhões de amortizações. Então, durante cinco anos vamos precisar desembolsar esses recursos.

A venda das ações será pulverizada ou vocês vão se desfazer de blocos de participações?
Ainda não está definido. É um processo que vamos definir quando for necessário.

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O sr. disse que não existe empresa de petróleo sem ingerência política. Essa ingerência aumentou no governo Dilma?
Ficou na mesma. O Conselho de Administração da Petrobrás, que é onde entra a ingerência política, é o mesmo. Não houve nenhuma mudança. Ou melhor, Dilma Rousseff saiu da presidência do conselho para assumir a presidência da República e o (ministro da Fazenda) Guido (Mantega) assumiu a presidência do conselho.

Que tipo de decisão é política?
Toda a decisão é política. Conteúdo nacional é política; se vamos ou não aumentar a exploração é política; se vamos vender para a China ou para os Estados Unidos é política; se vamos ou não aumentar o preço do combustível; se vamos entrar ou não na petroquímica; se vamos comprar mais de fornecedor de tipo A, B ou C…

Refinaria…
Se vou construir refinaria aqui ou ali…

A parceria com a PDVSA é política?
Não. O nosso déficit (de fornecimento) está no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A PDVSA está a três dias de Belém, de navio. Aqui

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