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1964 – A sindicância das Forças Armadas e algumas verdades inconvenientes

Como faltam informações, então tomem letras garrafais: “Forças Armadas vão investigar torturas em centros militares” — e variantes disso. Mais ou menos. As Três Forças decidiram abrir sindicância para a eventual coleta de dados que confirmem práticas irregulares em sete dependências militares, a saber: No Rio de Janeiro: – Destacamento de Operações de Informações do […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h07 - Publicado em 1 abr 2014, 23h16

Como faltam informações, então tomem letras garrafais: “Forças Armadas vão investigar torturas em centros militares” — e variantes disso. Mais ou menos. As Três Forças decidiram abrir sindicância para a eventual coleta de dados que confirmem práticas irregulares em sete dependências militares, a saber:

No Rio de Janeiro:
– Destacamento de Operações de Informações do I Exército (DOI/I Ex);
– 1ª Companhia de Polícia do Exército da Vila Militar;
– Base Naval da Ilha das Flores;
– Base Aérea do Galeão;

Em São Paulo:
– Destacamento de Operações de Informações do II Exército (DOI/II Ex);

No Recife:
– Destacamento de Operações de Informações do IV Exército (DOI/IV Ex);

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Em Belo Horizonte:
-Quartel do 12º Regimento de Infantaria do Exército.

A decisão atende a um pedido feito pela Comissão Nacional da Verdade, aquele grupo interessado em destacar os aspectos moralmente superiores e martirizados de um dos lados e os moralmente inferiores e perversos do outro. É aquela comissão que transforma um Marighella em herói e que, se pudesse, mandaria para a cadeia o sargento da esquina. Que se chamasse “Comissão Nacional da Revisão da História”, vá lá. Não seria mentirosa ao menos no nome.

Só para registro: já houve outras comissões e sindicâncias antes. Como não chegaram a resposta pretendida, vai-se tentar mais uma vez. É o esforço permanente para que o mundo dos mortos possa dar uma forcinha ao mundo dos muito vivos.

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Gente como Franklin Martins ou Carlos Eugênio da Paz, por exemplo, não precisam explicar nada. Basta correr para o abraço. Não adianta a grita. Não mudo de ideia, não! Se é para contar a verdade, então que se conte a… verdade!

Li em algum lugar que punir os torturadores, mas não o terroristas, faz sentido porque estes já triam sido processados e punidos pelo regime. Uma ova! Peguemos o mais influente deles hoje em dia: Franklin Martins. Ele ficou preso, sim, por menos de três meses em 1968, mas quem disse que respondeu pelos crimes que praticou — sequestro inclusive? Não respondeu, não! E nem defendo que seja submetido agora a processo. Por isso houve a Lei da Anistia: para ele, para outros como ele, mas também para o “outro lado”.

“Ah, mas quem disse que são faces opostas de uma mesma narrativa?” São, sim! É Franklin que não me deixa mentir. É ele quem confessa que teria, sim, executado o embaixador sequestrado. Alguns dirão: “A questão é política, não pessoal!” Sem dúvida! Ele estava certo de que aquilo era parte da revolução. E os torturadores estavam certos de que estavam a combater o comunismo. Quem é mais moral? Ninguém. São amoralidades opostos e complementares.

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De resto, admita-se: a esquerda sempre foi muito mais eficiente como máquina de matar. Todo o aparato repressivo no Brasil fez 424 cadáveres. Meia-dúzia de terroristas armados mataram, no mínimo, 120 pessoas — muitas delas nem estavam na luta política ou só cumpriam ordens.

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