Voto aberto
Em 30 de maio, o senador Ricardo Ferraço entrou com um mandado de segurança no STF para solicitar o direito de votar abertamente na sessão que analisará a cassação de Demóstenes Torres no Senado. Como as votações secretas normalmente costumam promover a absolvição de parlamentares enrolados, Ferraço queria abrir o voto para evitar dúvidas sobre […]
Em 30 de maio, o senador Ricardo Ferraço entrou com um mandado de segurança no STF para solicitar o direito de votar abertamente na sessão que analisará a cassação de Demóstenes Torres no Senado.
Como as votações secretas normalmente costumam promover a absolvição de parlamentares enrolados, Ferraço queria abrir o voto para evitar dúvidas sobre sua posição no caso.
O ministro Celso de Mello virou o relator do caso no STF. Em 31 de maio, ele enviou um ofício a José Sarney solicitando a manifestação da Mesa Diretora sobre o pedido.
Sabe o que aconteceu depois disso? Nada. O caso segue parado na gaveta de Sarney. Diante da demora na manifestação do Senado, os advogados de Ferraço irão pedir providências ao STF para dar celeridade ao caso.
(Atualização, às 19h22: o Radar errou. Ao contrário do que os advogados de Ferraço afirmaram, Sarney encaminhou resposta ao Supremo no dia 14 de junho. No documento de dezoito páginas, os advogados do Senado se manifestam pelo arquivamento do mandado de segurança, sem análise de mérito, por considerar a falta de amparo legal para o pedido de voto aberto do senador.)