Dias Toffoli comprou briga com o Tribunal Superior do Trabalho numa bronca antiga que envolve os Correios. No dissídio coletivo dos funcionários dos Correios, o TST acatou reivindicação da estatal para retirar os pais dos servidores do plano de saúde oferecido pela empresa. Uma briga que deixou sem cobertura mais de 50.000 idosos, a maioria com mais de 85 anos.
Até aí, o TST fez a sua parte: a mediação entre o que os empregados queriam e o que a empresa desejava. O tribunal decidiu por retirar os pais, mas manter os funcionários com o benefício. Os Correios, no entanto, recorreram ao STF contra a decisão do TST. Sem alarde, Toffoli acatou parte do pedido da empresa, contrariando a decisão final do TST.
Até agora os advogados dos trabalhadores não conseguiram entender a decisão. Não se sabe se as 300.000 pessoas (entre empregados e beneficiários do plano) continuarão ou não com cobertura médica. Muitas pessoas estão em tratamento de hemodiálise, diálise, terapia imunobiológica, quimioterapia, quimioterápicos orais, radioterapia e não tem a menor ideia se, a partir da decisão de Toffoli, poderão ou não seguir com o tratamento e ter o mínimo de dignidade garantida.