Temer não deve tentar mudar comando da Vale
O presidente Michel Temer decidiu que não vai tentar pressionar pela troca na presidência da Vale, segunda maior empresa do país e maior mineradora de ferro do mundo. O contrato de Murilo Ferreira vence em maio, e Temer decidiu que não tentará obter apoio dos demais acionistas por mudanças até lá, segundo auxiliares do Palácio […]
O presidente Michel Temer decidiu que não vai tentar pressionar pela troca na presidência da Vale, segunda maior empresa do país e maior mineradora de ferro do mundo.
O contrato de Murilo Ferreira vence em maio, e Temer decidiu que não tentará obter apoio dos demais acionistas por mudanças até lá, segundo auxiliares do Palácio do Planalto. O presidente interino vinha sofrendo pressões políticas, notadamente do PMDB de Minas, para interferir no conselho e forçar a troca de comando na companhia.
Uma das desculpas para o interesse na Vale são as críticas à forma como a empresa respondeu ao desastre ambiental em Mariana, provocado pelo rompimento de uma barragem da Samarco, empresa controlada pela Vale.
Mas, na verdade, o interesse pelo comando da empresa é político. Justamente por isso, dizem auxiliares, Temer decidiu não interferir: não quer passar ao mercado a impressão de que pretende aparelhar uma empresa privada, como fez Dilma ao trocar Roger Agnelli por Murilo Ferreira.
A boa escolha de nomes na área econômica e nas empresas e bancos estatais, como Pedro Parente na Petrobras, é um dos únicos aspectos até aqui da gestão Temer que tem recebido elogios do mercado.