Por falar na privatização da Eletrobras, a notícia entra no pacote animador para investidores que já viam um ambiente mais favorável para venda das ações depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) encerrou em junho o julgamento de duas ações que envolviam um passivo da Eletrobras com credores.
Em uma das ações, o STJ discutiu a correção dos empréstimos compulsórios sobre o consumo de energia elétrica. Ficou decidido que devem ser aplicados juros remuneratórios até o efetivo pagamento dos valores não convertidos em ações.
O STJ também encerrou uma disputa entre a Eletrobras e a União, controladora da empresa. Os ministros decidiram que a União não tem obrigações no pagamento da dívida.
Para investidores, o encerramento das ações, que se arrastavam por anos, é positivo por deixar de ser algo incerto que teria impacto no preço sugerido pelos futuros interessados.
Segundo José Thompson, diretor da área de fusões e aquisições da consultoria Duff & Phelps no Brasil, a definição das ações judiciais entram no balanço contábil da empresa de forma certeira e não mais como uma contingência.
“Se houver risco, pode ter uma precificação errada e levar a uma análise de risco versus retorno também incorreta. É melhor ter uma definição antes do processo de privatização para que a obrigação se torne conhecida e quantificada”, analisa.