Simone Tebet diz que chefe da CGU é advogado de defesa de Bolsonaro
'A senhora me chamou de engavetador da República, me chamou do que quis', respondeu Wagner Rosário levantando a voz contra a senadora
Em sua fala na CPI da Pandemia, a senadora Simone Tebet lançou luz sobre o papel de Wagner do Rosário no comando da CGU, não como agente fiscalizador da máquina, mas como agente de “defesa” do governo e omisso na investigação do caso Covaxin.
“Lamento muito o papel que vossa excelência está fazendo. O desserviço para o país, para o dinheiro público. Vossa excelência não é advogado do presidente da República, do ministro da Saúde, vossa excelência não é advogado nem na estrutura da CGU. Tem que atuar como como órgão preventivo de fiscalização e controle, de transparência de gestão, de combate à corrupção. Então, está invertido. Ao invés de a CGU mirar a suspeita, ela resolve fazer o papel de advogado de defesa. Ela não é advogado de defesa de ninguém”, disse Simone. “Já tivemos um procurador-geral da República engavetador. e agora temos um controlador-geral que passa pano, deixa as coisas acontecerem”, seguiu a senadora.
“A senhora me chamou de engavetador da República, me chamou do que quis”, disse Rosário levantando a voz com a senadora, chamando Simone, na sequência, de “descontrolada”.
“Machista, moleque”, revidou Otto Alencar.
E a partir daí a CPI virou uma confusão.
“É um circo. Estão desde o começo provocando o ministro”, disse Marcos Rogério.