Saída de Santa Rosa deixa mais uma ferida no bolsonarismo militar
Atribuída a Jorge Oliveira, saída de militar marca a biografia de mais uma carreira reconhecida na tropa
Ainda não foi completamente digerida no Planalto a saída do general da reserva Maynard Marques de Santa Rosa, que pediu demissão da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência nesta semana.
No comando da SAE, a demissão de Santa Rosa tem efeitos mais simbólicos do que práticos – o órgão de assessoramento nunca foi conhecido por grandes feitos no governo.
Atribuída a manobras de Jorge Oliveira, o poderoso ministro instalado no gabinete ao lado de Bolsonaro no Planalto, a saída desencadeou uma limpa de militares que estavam no órgão.
E é aí que mora a bronca. A forma como Bolsonaro tem entregue cabeças do generalato da reserva leva a turma da caserna a acusar o governo de manchar carreiras com reconhecidas nas forças.
Diz um graduado militar: “Santa Rosa é um oficial general muito respeitado nas Forças Armadas por sua posição firme contra as ideologias de esquerda e por sua capacidade de formular projetos e pensar Brasil”.