Ricardo Salles é alvo de críticas de servidores do Meio Ambiente
Em carta aberta, Associação Nacional da Carreira de Especialista em Meio Ambiente destacou “momento dramático que passa a gestão ambiental federal no país”
A sucessão de “interferências na condução dos trabalhos dos órgãos ambientais federais e seus servidores” é duramente criticada pela Associação Nacional da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (ASCEMA) em carta aberta divulgada hoje.
A entidade observa que as medidas do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles resultaram no aumento do desmatamento ilegal da Amazônia, “atingindo patamares superiores aos de 10 anos atrás e redução drástica dos processos de punição por essas infrações”.
O documento exalta “o momento dramático que passa a gestão ambiental federal no país, trazendo preocupações da mais alta relevância à sustentabilidade, à saúde humana e ao futuro da gestão ambiental publica”.
Segundo a entidade, a “mordaça imposta pelo ministro Ricardo Salles ao Ibama e ICMBio para divulgação das suas ações criam dificuldades no combate aos crimes ambientais e corrompe os princípios da publicidade e transparência”.
A recente saída do diretor de proteção ambiental do Ibama, Olivaldi Azevedo, também é objeto de crítica dos servidores. Segundo eles, o gesto evidenciou “uma clara insatisfação dos atuais dirigentes do ministério com a atuação da fiscalização ambiental”. As ameaças de novas demissões teriam o objetivo de “interromper a aplicação da legislação ambiental”.
A ASCEMA pede que as nomeações obedeçam critérios técnicos e que considerem os servidores de carreira.