Radar TVeja: Em sessão excruciante, relator pede abertura de processo
É difícil saber qual missão foi mais excruciante durante a leitura do parecer final do relator Jovair Arantes na comissão de impeachment, nesta quarta-feira. Se a de quem teve de ouvir a leitura truncada, cheia de erros, ou se a do parlamentar, que claramente foi apresentado ao texto por ele assinado se não naquele exato […]
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É difícil saber qual missão foi mais excruciante durante a leitura do parecer final do relator Jovair Arantes na comissão de impeachment, nesta quarta-feira.
Se a de quem teve de ouvir a leitura truncada, cheia de erros, ou se a do parlamentar, que claramente foi apresentado ao texto por ele assinado se não naquele exato momento, pouco antes de a sessão começar.
Jovair deve saber que seu voto foi favorável à abertura do processo, e não muito mais do que isso. Seguramente, se questionado, não saberá dizer quem foi Pontes de Miranda, citado na peça, formulada pela assessoria técnica da Câmara.
Pouco importa a autoria, ou o conteúdo. O convencimento dos deputados se dará pela posição anterior ou, no caso dos poucos indecisos, argumentos que pouco têm a ver com condutas afrontosas à Constituição, como recitou Jovair, titubeante.
Nas contas da oposição, o voto favorável à abertura do impeachment terá pelo menos 36 votos favoráveis. Mesmo os governistas, confiantes numa vitória no plenário, não têm esperança de arquivar o processo já no colegiado.
O parecer que leva a rubrica de Arantes deve ser votado na semana que vem. A batalha do plenário, tudo indica, será travada no fim de semana seguinte.
Até lá, é de se esperar muita negociação e uma pressão cada vez maior dos movimentos pró e anti-impeachement.