A caminho de encerrar sua gestão no comando do STJ, o ministro João Otávio de Noronha produziu há pouco, na sessão da Corte, uma frase que constrangeu alguns colegas.

Foi ao falar de um processo no qual o ministro Felix Fischer teria considerações a fazer. O relator da Lava-Jato e do pedido de prisão de Fabrício Queiroz, como se sabe, está de licença médica até o dia dez, o que impediria suas ponderações no caso na sessão desta tarde.

Em vez de esperar o retorno do colega, Noronha tocou a discussão e argumentou: “Ele não está e não sabemos quando volta (ao tribunal)”.

Apesar da fala de Noronha, amigos do magistrado dizem que ele tem condições de se recuperar e data para voltar e julgar temas importantes, como  o pedido de prisão de Fabrício Queiroz.

“Uma grosseria que nunca vi igual”, disse um ministro ao Radar.

Atualização, 16h17 — a fala do ministro Noronha, reportada ao Radar por um dos colegas dele na Corte, não foi reproduzida da forma correta. O presidente não diz “ele não está e não sei se volta”. Noronha diz: “Ele não está e não sabemos quando volta (ao tribunal)”.