Planalto ‘esquece’ 4 bilhões em mobilidade urbana
Prazo para Jair Bolsonaro sancionar projeto de lei de ajuda a municípios vence nesta quarta-feira.
Não é segredo para os vitoriosos das eleições que o cofre das prefeituras está quebrado e a situação tende a piorar tão logo eles assumam em janeiro por conta da diminuição da arrecadação e o recrudescimento da crise sanitária. O governo federal bem que poderia ajudar, mas trabalha na direção oposta, como é o caso da indiferença ao projeto de lei 3.364/20.
O texto, já aprovado por Câmara e Senado, prevê ajuda emergencial de 4 bilhões de reais aos sistemas de transporte público. A matéria está parada na mesa de Jair Bolsonaro desde o dia 11 de novembro – e o prazo para caducar termina nesta quarta-feira. Sem os recursos, as empresas que transportam a imensa maioria dos trabalhadores brasileiros correm o risco de colapsarem. Quem perde são os passageiros, que têm nos ônibus, metros e trens sua principal forma de deslocamento pelas cidades.
Na avaliação da Frente Nacional de Prefeitos, ainda que o governo federal resolva fazer sua parte amanhã, o processo para a liberação dos recursos será moroso e, sem o devido planejamento, pode colocar tudo a perder.