Oposição acusa Lira de ‘ditador’ e ‘autoritário’ e irá ao STF por cargos
Novo presidente extinguiu bloco de Baleia e determinou novo cálculo para distribuição dos postos
A decisão do novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em revogar o bloco partidário de Baleia Rossi (MDB-SP) e prejudicar a distribuição de cargos na Mesa para a oposição gerou duras críticas.
Com a ação de Lira, o bloco que o apoiou pode ficar com 4 das 6 principais vagas na Mesa. O PT, por exemplo, que estava com a importante 1ª Secretaria, que cuida das despesas da Câmara, pode ter que se contentar com a 4ª Secretaria, que lida com apartamentos funcionais.
A líder do PCdoB, Perpétua Almeida (AC), classificou Lira como “ditador”, e não parou aí.
“A ditadura começou! Cunha, o retorno. Arthur Lira encerrou a sessão sem apurar os demais cargos e não há previsão no regimento para isso. Sequer teve coragem de abrir os microfones para os líderes contestarem. Vamos recorrer”, anunciou Perpétua.
José Guimarães (PT-CE), líder da Minoria, afirmou que o ato de Lira desmoraliza toda eleição e que sua decisão é “autoritária”.
O líder do PSB, Alessandro Molon (RJ), também anunciou que o bloco de Baleia irá ao STF.
Com o ato de Lira, terá nova eleição para os cargos de 1º e 2º vice-presidentes, de quatro secretário e de quatro suplentes da Mesa.
Como seu primeiro ato, como antecipou o Radar, Lira determinou à Secretaria-Geral da Mesa o recálculo da distribuição dos cargos e que sejam desconsideradas as candidaturas para os demais cargos que foram indicadas pelo bloco encabeçado por Baleia Rossi.