O IPO da Caixa
O possível IPO (abertura de capital) da Caixa Econômica Federal deve ser saudado, não apenas pelos 20 bilhões de reais que o governo arrecadará (e que, espera-se, sejam bem utilizados), mas sobretudo por aumentar o grau de governança do banco. Ter suas ações negociadas na Bovespa (e quem sabe no exterior) não impede nomeações políticas […]
O possível IPO (abertura de capital) da Caixa Econômica Federal deve ser saudado, não apenas pelos 20 bilhões de reais que o governo arrecadará (e que, espera-se, sejam bem utilizados), mas sobretudo por aumentar o grau de governança do banco.
Ter suas ações negociadas na Bovespa (e quem sabe no exterior) não impede nomeações políticas na diretoria – o Banco do Brasil e a Petrobras estão aí para comprovar isso. Não impede também roubalheiras.
Mas obrigará a Caixa a prestar esclarecimentos ao mercado, ter que lidar com acionistas minoritários e ser fiscalizada pela CVM, por exemplo. Só isso já é um ganho inestimável para o Brasil.
Ficará mais difícil para os governos disporem da CEF para empréstimos duvidosos, por exemplo.