Novo chefe do INSS faz pente-fino, mas ainda enfrenta problemas
Há 20 dias no cargo, Leonardo Rolim vem trocando diretores e montando sua equipe; lentidão nas agências ainda é um drama
Novo presidente do INSS, Leonardo Rolim vai completar 20 dias no cargo de forma discreta, tentando arrumar a bagunça deixada pela antiga gestão. Ele vem realizando uma espécie de pente-fino informal nos atos de Renato Vieira, seu antecessor, além de demitir diretores da gestão antiga para contratar pessoal de sua confiança.
Como o Radar mostrou, o apagão na gestão do INSS, que fez disparar o número de brasileiros na fila das agências da Previdência, foi um dos principais motivos para a troca de comando no órgão.
Os problemas operacionais no INSS, no entanto, são muito mais antigos. Relatos de servidores do órgão enviados ao Radar mostram que o sistema utilizado pela Previdência para processar benefícios é tão obsoleto, que passa boa parte dos dias fora do ar ou operando em lentidão.
Para se ter uma ideia, a velocidade de conexão utilizada nas agências do INSS é de 512 kbps. Tão lenta que não chega a ser tecnicamente considerada como banda larga. “Muitas vezes, no período da manhã, o fluxo de informações na rede é tão grande que não permite baixar nenhum processo para analisar”, diz um servidor.