Em recurso a Celso de Mello, a defesa de Sergio Moro ainda lista os motivos que levaram Jair Bolsonaro a atirar contra o ex-ministro na reunião de 22 de abril, quando teria dado demonstrações claras do desejo de proteger familiares e amigos ao interferir na Polícia Federal.

A divulgação integral do conteúdo da gravação, segundo a defesa de Moro, permitirá verificar que as declarações do presidente da República “foram, sim, direcionadas ao Ministro da Justiça, especialmente por este”:

a) não ter apoiado a ida do Presidente da República ao ato de 19 de abril;

b) não ter apoiado o presidente da República em suas manifestações contrárias ao distanciamento social;

c) não ter apoiado as declarações públicas do presidente da República de minimizar a gravidade da pandemia;

d) não ter concordado com a interferência do presidente da República na PF do Rio de Janeiro e na direção-geral, pelos motivos declinados pelo próprio presidente da República.

“Por fim, mostrou-se o presidente da República insatisfeito com os relatórios de inteligências e informações providenciados pela Polícia Federal”, diz a defesa.