Enrolado até o pescoço com a Justiça, Moreira Franco acaba de encaminhar ao presidente do MDB, Romero Jucá, pedido de afastamento da presidência da Fundação Ulysses Guimarães.

O ex-ministro justifica o pedido de licença para se dedicar integralmente a sua defesa na Lava-Jato.

“Considerando a necessidade e urgência de realizar as metas da Fundação, bem como a batalha judicial que me foi imposta, solicito licença da Presidência da FUG para dedicar todo o tempo necessário para restabelecer a verdade dos fatos sobre a minha trajetória”, diz na carta.

Jucá, como presidente do Conselho Curador da fundação, confirmou a saída do colega e estudará o que será feito a partir de agora na FUG. Um nome para substituir Moreira ainda será pensado.

“Ocorre que, nesses últimos dias, fui injustamente acusado sem que fossem respeitadas as regras mais básicas do devido processo legal. Vejo-me, então, no dever de dedicar toda a minha energia para refutar as injustas ilações que visam a enodoar minha longa vida pública”, afirma Moreira na carta demissional.

“Agradeço a compreensão de todos e tenho certeza de que a verdade prevalecerá, pois minha consciência está tranquila já que não violei nenhum dos valores republicanos”, completa o ex-ministro.