Lewandowski manda liberar provas colhidas na CPI a Ricardo Barros
Ministro determinou que comissão garanta ao líder do governo Bolsonaro na Câmara o acesso a dados que o mencionem
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, determinou há pouco que a CPI da Pandemia no Senado garanta ao deputado federal Ricardo Barros o acesso a dados colhidos pela comissão que o mencionem diretamente.
O líder do governo Bolsonaro na Câmara — já convocado para depor, mas ainda sem data definida — apresentou um mandado de segurança com pedido de liminar ao Supremo, que foi atendido parcialmente por Lewandowski.
O ministro também assegurou ao parlamentar o direito de juntar formalmente aos autos da CPI todos os documentos e declarações que entender necessários para exercício de sua defesa.
Segundo o depoimento do deputado Luis Miranda, no mês passado, Barros foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro como suposto responsável por um esquema de corrupção no Ministério da Saúde, do qual ele já foi titular no governo Michel Temer. Miranda e seu irmão, servidor da pasta, denunciaram irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.
O líder do governo tenta, no Supremo, ser ouvido o quanto antes pela comissão, para prestar seus esclarecimentos. A CPI havia determinado que ele prestasse depoimento no dia 8 de julho, mas adiou para o próximo dia 20. Com o recesso parlamentar, a oitiva deve ficar para agosto, para contragosto do deputado.
Lewandowski entendeu que não era o caso de interferir nessa questão.