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Lava-Jato volta aos holofotes com julgamento de Deltan nesta semana

Procurador da força-tarefa de Curitiba será alvo de análise do CNMP sobre possíveis infrações no cargo

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 ago 2020, 08h58 - Publicado em 17 ago 2020, 06h05

Desde que foi deflagrada em março de 2014, a Operação Lava-Jato passou por muitos momentos difíceis. Alguns deles, que envolviam conspirações contra o juiz Sergio Moro e contra delações importantes como a de Ricardo Pessoa, o empreiteiro da UTC, mereceram capas de VEJA.

As gravações de Sergio Machado no núcleo do MDB que governou com Michel Temer deixaram evidente o sonho de um acordão em Brasília para estancar a sangria. A Lava-Jato, no entanto, avançou por apresentar resultados efetivos, revelar crimes que indignaram o país e levaram muitos poderosos à prisão.

Nesta semana, a operação voltará a figurar no noticiário em meio a acusações de ataques contra investigadores. O CNMP julgará nesta terça um lote de procedimentos contra o chefe da força-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol. O julgamento é interpretado por seus aliados como uma vingança de seus desafetos — que não são poucos.

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O combustível das ações contra o líder da Lava-Jato, no entanto, foi dado pelo próprio Dallagnol, ao testar o limite de suas funções como integrante do MPF e assumir o papel de personagem nas redes sociais.

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Esse é o argumento citado por todos os poderosos de Brasília — e até mesmo aliados da operação — ao falar das fragilidades de Deltan. Não é segredo que a operação, desde o início da cruzada contra o poder, se valeu do apoio da opinião pública para fortalecer o trabalho e afastar ações hostis.

O problema é que o debate dos investigadores saiu da esfera técnica dos inquéritos e ações para ganhar o meio político, com críticas a assuntos que não diziam respeito ao trabalho objetivo do MPF. Um exemplo: Deltan meteu-se na eleição para a presidência do Senado, criticando o processo sigiloso de votação e um dos candidatos, Renan Calheiros. Acabou dando motivo para o emedebista acioná-lo no CNMP.

“Com todos os defeitos do sistema, opinar ou mesmo influenciar discussões do Congresso não eram atribuições de um procurador da República em Curitiba”, diz um integrante da PGR.

Tal argumento é usado para fortalecer o coro punitivo contra a indisciplina que tomou conta de setores da Lava-Jato, com procuradores atuando no debate nacional como personagens. “O CNMP, um órgão construído a partir de indicações políticas, não teria como mover-se de forma tão vigorosa contra Deltan, não tivesse o procurador dado margem”, diz um interlocutor do órgão.

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Deltan pode ter avançado o sinal em manifestações. É fato, no entanto, que figuras importantes do meio político, advogados com ótimas relações nos tribunais superiores, magistrados e até integrantes da própria PGR desejam calar o procurador.

Se o CNMP punir Deltan, será o peso dessa penalidade que estará em julgamento perante a opinião pública. Afinal, casos mais graves de manifestações de figuras importantes do MPF ficaram distantes do colegiado no passado.

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