Por que o STF não deve validar o conteúdo vazado da Lava-Jato
Os ministros estariam abrindo um "precedente temerário" ao aceitar mensagens roubadas por hackers
Juristas que acompanham os desdobramentos, no Supremo Tribunal Federal, da crise dos vazamentos do Telegram apostam que os ministros dificilmente irão aceitar o uso de provas obtidas por meios criminosos como lastro para eventuais decisões contra a Lava-Jato.
“Haveria um precedente temerário em se admitir material obtido por hackers para dar início a investigações. Quais seriam os próximos alvos? Ministros de tribunais superiores? Parlamentares? Jornalistas?”, diz, por exemplo, o ex-chefe da AGU Fábio Medina Osório.
O ministro Gilmar Mendes liberou e a Segunda Turma do Supremo marcou para dia 25 o julgamento de um pedido de liberdade do ex-presidente Lula que aponta a suspeição de Sergio Moro na condução da Lava-Jato.