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Julio Garcia tinha até codinome no esquema de corrupção em SC: ‘Pai’

Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, denunciado como líder de grupo criminoso, pode se tornar governador do estado nesse mês

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 out 2020, 08h58 - Publicado em 9 out 2020, 08h06

“O pai tá vindo me visitar… Conversei com o pai… O pai falou… O pai disse que é importante…” Nos depoimentos da delação premiada que fechou com o MPF, Michelle Guerra, a delatora do esquema de corrupção que vigorou no governo de Santa Catarina entre 2011 e 2018, descreve em detalhes como o operador da quadrilha, Nelson Nappi, recorria com frequência ao codinome “pai” para se referir ao chefe e presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Julio Garcia (PSD). Para o MPF, Garcia era o líder da organização criminosa que saqueou os cofres catarinenses por quase uma década.

Nomeado no cargo de secretário adjunto de Administração do governo por indicação de Garcia, o ex-secretário, segundo descobriu a Operação Alcatraz, direcionava contratos públicos a empresários corruptos em troca de propina. Garcia supervisionaria tudo como grande cérebro da organização criminosa.RelacionadasPolíticaDepois dos gritos de guerra, o acordo de paz entre os poderesPolíticaRio: Cláudio Castro, governador em exercício, cede a todos para sobreviverPolíticaSem o apoio de Bolsonaro, candidatos a prefeito pelo PSL naufragam

Segundo a delatora contou aos investigadores, sempre que se referia ao padrinho político, o operador do esquema evitava nominar Julio Garcia. O chefe da Assembleia, que pode terminar o mês instalado na cadeira de governador do estado — caso a comissão mista afaste o governador Carlos Moisés e a vice, Daniela Reinehr — era citado apenas pelo codinome: “pai”.

“O Nelson se reportava ao deputado Julio, pelo que tenho conhecimento, praticamente toda semana. Em algumas oportunidades, até no meu WhatsApp, o Nelson falava que ‘o pai tá vindo me visitar’. O deputado Julio Garcia ia até a Secretaria de Administração falar com o Nelson. Era comum”, diz Michelle.

As investigações da Operação Alcatraz, deflagradas em 2019, levaram o operador do esquema para a prisão e desnudaram a organização da quadrilha. Depois de o apadrinhado de Garcia direcionar contratos públicos do governo aos empresários corruptos, a propina pelo “serviço” era repassada a partir de contratos forjados de serviços de advocacia do escritório de Nappi e da delatora Michelle Guerra.

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Como o Radar mostrou nesta semana, depois que a propina entrava na conta do escritório, Michelle sacava a bolada e levava a Nappi, que se encarregava da distribuição. A propina direcionada ao “pai” e a outros integrantes do esquema era transportada em sacolas, envelopes, caixas de sapato e de uísque.

A relação entre Nappi e “pai” eram tão intensas, que as famílias se frequentavam e chegavam a dividir uma lancha nas águas da bela Florianópolis. Veja o vídeo:

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