Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

Radar

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia, Nicholas Shores e Pedro Pupulim. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Juiz deixa destino da denúncia contra Glenn Greenwald nas mãos do STF

Magistrado demonstrou que iria acatar denúncia contra jornalista, desconsiderando o direito constitucional ao sigilo de fonte

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 fev 2020, 19h03

Na decisão divulgada há pouco, o juiz da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Ricardo Leite, acolhe a denúncia e torna réus os hackers que roubaram as mensagens da Lava-Jato e deixa de analisar o caso do jornalista Glenn Greenwald, também denunciado pelo Ministério Público Federal.

Ao descrever o caso, o juiz parece comprar a tese do MPF de que Glenn “orientou” um dos hakers a se desfazer das mensagens roubadas. “Em determinado momento, e após eliminar certa confusão sobre o assunto tratado, Glenn orienta Luiz Molição a se desfazer das mensagens que estavam armazenadas para evitar ligação dos autores com os conteúdos hackeados”, escreve o juiz.

Ricardo Leite vai além: “Há certa isenção inicial do referido jornalista sobre a incerteza esposada por Luiz Molição. Pelo contexto dos diálogos – já que Luiz Molição revela dúvida em seu comportamento – e, apesar de Glenn mencionar que não poderia ajudá-lo, instiga-o a apagar as mensagens, de forma a não ligá-lo ao material ilícito. Instigar significa reforçar uma ideia já existente”.

O juiz diz entender “que há clara tentativa de obstar o trabalho de apuração do ilícito, não sendo possível utilizar a prerrogativa de sigilo da fonte para criar uma excludente de ilicitude”. “Não pode o jornalista sugerir o que o agente de ato ilícito deve fazer para escapar do trabalho persecutório do Estado”, anota o juiz.

Continua após a publicidade

O magistrado deixa de analisar “por ora” a denúncia contra o jornalista por constar a existência de uma decisão do ministro do STF Gilmar Mendes que proibiu investigações contra Glenn justamente por ser ele jornalista e ter ao seu lado o direito constitucional de sigilo da fonte. É esse fato que o juiz ignora ao interpretar a conduta de Glenn.

“Deixo de receber, por ora, a denúncia em desfavor de Glenn, diante da controvérsia sobre a amplitude da liminar deferida pelo ministro Gilmar Mendes”, escreve o juiz.

A decisão de Ricardo Leite, portanto, joga a discussão do dilema para o STF, mantendo o jornalista sob a mira do Judiciário.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.