Lucio Vieira Lima não deixou barato para Ibaneis Rocha na reunião do MDB, na semana passada. O governador do Distrito Federal foi ao encontro preparado para disparar contra velhas figuras do partido. E foi o que ele fez.

Ibaneis cobrou a expulsão dos presos Eduardo Cunha e Geddel da sigla. “Não me sinto na condição de estar no mesmo partido que eles”, disse. “Ou vocês querem um partido novo, ou vocês não me querem aqui”, completou.

Sobrou até para Baleia Rossi e Eduardo Braga, líderes do MDB na Câmara e Senado, respectivamente: “Eles não falam pela legenda”, sentenciou.

O tom não foi bem recebido por correligionários, que consideraram a fala como “indelicada”.

O irmão de Geddel, Lucio, respondeu às provocações com ironia. “A nova política acabou de perder 15 pontos de aprovação”, disse, em referência a queda de Jair Bolsonaro nos três primeiros meses de governo.

Pesquisa Ibope divulgada na semana passada mostra que a aprovação do presidente caiu de 49% para 34% desde o começo do mandato.

No mínimo, Ibaneis, recém-convertido à “nova política” do gogó, sabia das condições da legenda ao filiar-se ao partido. Não é como se ele tivesse sido pego de surpresa.