A edição da revista New Yorker que chegou ontem às bancas nos Estados Unidos traz uma reportagem de doze páginas sobre a violência no Rio de Janeiro. A foto de abertura ocupa quase duas páginas com dois suspeitos sendo detidos por um policial na favela de Acari. Três páginas depois, uma enorme foto do enterro de um policial; mais à frente, a imagem do traficante Fernando Gomes de Freitas, apontado como chefe do Morro do Dendê, sentado no sofá de casa. Tudo isso num texto intitulado “Gangland: who controls the streets of Rio de Janeiro?”, ou, em tradução livre, “Terra das gangues: quem controla as ruas do Rio de Janeiro?”.

Beleza, não é  proposital, mas é no mínimo uma lamentável coincidência que a publicação na influente revista americana se dê justo na semana em que o COI escolherá a sede das olimpíadas de 2016. Disputa na qual Rio e Chicago são apontadas como favoritas.

A reportagem comete alguns escorregões incomuns numa revista como a New Yorker. Fala em “ravecão” em vez de “rabecão”, “reis” no lugar de “reais”.

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