Os fundos de pensão e os investigadores que identificaram bilhões em desvios das gavetas dos servidores de empresas públicas estão acompanhando com especial atenção as negociações entre Leo Pinheiro, da OAS, e o Ministério Público.
Ele está prestes a assinar os termos de sua delação premiada.
E, por acaso, os gestores dos fundos andam com medo de aparecer nos anexos do empresário? Também, mas isso é o que atrai a os olhos da banda podre.
A expectativa dos gestores passa pela possibilidade de, após a delação, a OAS partir para um acordo de leniência com os procuradores, a exemplo do que já fez com o Cade.
Vale lembrar, além da Lava-Jato, a empreiteira brilhou na Operação Greenfield, que investiga as maracutaias nos fundos de pensão.
Ou seja, se vier a leniência, a turma que gere o dinheiro dos servidores e aposentados vítimas de desfalques da OAS vão se mexer na tentativa de garantir um quinhão para ressarcir seus caixas, mesmo sabendo que a empresa já desembolsou 240 milhões num outro acordo, que não é leniência, firmado com a procuradoria da República do Distrito Federal.