Farmácias reagem à acusação de ilegalidade em testes de Covid-19
Abrafarma diz que exames estão autorizados e auxiliam no combate à pandemia
Como o Radar mostrou nesta quarta-feira, um grupo de entidades da área de análises clínicas foi à Anvisa questionar a venda nas farmácias de testes que identificam se o paciente tem ou não anticorpos contra a Covid-19 após receber a vacina. O gesto provocou reação das drogarias. Em nota, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) disse que “repudia acusações de ilegalidade” na venda dos testes. A entidade representa as 26 maiores empresas do varejo farmacêutico nacional.
A alegação das associações é de que a realização dos testes em farmácias representaria um risco à saúde pública e deveria ser realizado somente em ambientes laboratoriais. O teste que motivou essas acusações detecta o nível de resposta imunológica produzida pelo organismo depois da imunização.
“A acusação é infundada. Esses exames são definidos como ensaios imunocromatográficos e estão autorizados no varejo farmacêutico, com respaldo da Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 377 e da Nota Técnica nº 7 da própria Anvisa”, afirma Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
Barreto defende que o leque de exames nas farmácias seja, inclusive, ampliado com a inclusão de outros tipos. “O momento exige que o país lance mão de todas as opções possíveis para a detecção do coronavirus e o combate à pandemia. O Brasil não pode prescindir de utilizar a base instalada de farmácias, em parceria com os laboratórios de análises clinicas, com tal finalidade”, explica. Em menos de um ano, as farmácias que integram a Abrafarma aproximam-se de 4,5 milhões de testes da Covid-19.