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Por Robson Bonin
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Ex-ministro que grampeou Temer: ‘elite que atua como máfia’

"Escolhi o lado da lei"

Por Ernesto Neves Atualizado em 18 Maio 2017, 13h34 - Publicado em 18 Maio 2017, 13h04

Ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero se pronunciou sobre o novo escândalo que sacode Michel Temer. Calero deixou o governo em novembro de 2016, após gravar conversas entre Temer, o então ministro da Secretária de Governo, Geddel Vieira Filho, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Em depoimento à Polícia Federal, Calero afirmou ter sido pressionado por Temer para liberar um empreendimento imobiliário em Salvador. Veja abaixo o depoimento de Calero.

“Há exatos 6 meses, deixava o Ministério da Cultura. A razão todos bem sabem: escolhi o lado da lei e atuei segundo os princípios republicanos. Não aceitei intervir em um órgão federal para atender a interesses particulares.

O que me parecia um comportamento esperado foi alvo de questionamento por parte da minha chefia. A partir dali, entendi as razões dos que me aconselhavam a me proteger.

Afinal, quem acreditaria na palavra de um jovem servidor público, que ousou desafiar os “tubarões”? Minha incredulidade diante de um pedido absurdo hoje é, novamente, compartilhada por todo o país.

Parte da classe política se uniu na tentativa de destruir minha reputação. Geddel procurou enquadrar tudo dentro de uma normalidade que eu não havia compreendido porque era “doce”.

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Aécio Neves pediu que eu fosse investigado. Rodrigo Maia disse que eu havia enlouquecido. Temer – que admitira sua atuação no caso e chegou a sugeriu que eu havia me “confundido”-, classificou minha conduta como “gravíssima” e me apontou “indigno”.

Exatos 6 meses depois, entendemos de maneira ainda mais clara não apenas a razão dessa ferocidade, mas, especialmente, o “modus operandi” de nossa triste e ultrapassada elite política. Elite que atua como máfia, que não admite alguém que não compactua com seu pacto de silêncio e que não lhe é cúmplice.

Elite podre, nojenta, abjeta, com suas práticas que nos desgraçam, ferem de morte. Elite que precisa, urgentemente, ser superada. Temos que encarar esses tempos sombrios como a chance de um recomeço, a chance de uma refundação de nossa república.

Uma república em que prevaleça a boa política, o embate de ideias, a composição de legítimos interesses sociais, a busca do bem comum e não o compadrio, a apropriação da coisa pública, o tráfico de influência, a corrupção. Basta.
É chegada a hora de refundar o Brasil.

É chegado o momento de uma nova geração, com novos valores, novos objetivos.

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É chegada a hora de pessoas que não vejam a política como profissão, como o poder a qualquer preço, como modo de enriquecer ou produzir negócios escusos, mas a entendam como genuína vocação para trabalhar em favor da democracia, em seu sentido mais amplo.

Partiu reconstrução?”

 

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