Esquema de corrupção no Exército tinha apelido especial para propina
Radar revelou nesta semana como militares de diferentes unidades foram condenados por desvios de recursos públicos
Nos grampos da investigação da Operação Saúva, que revelou um esquema de corrupção no Exército e culminou na prisão de 26 pessoas — das quais 11 oficiais do Exército –, os investigados tinham uma maneira toda especial de falar em propina.
Um dos apelidos para o dinheiro sujo chamou a atenção na sentença do juiz militar. A verba desviada dos contratos do Exército era chamada de… “Refri”. E olha que, como o Radar revelou nesta semana, o pessoal tinha sede. O termo, na sentença, aparece envolvendo três condenados.
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Clique e Assine“(Determinado investigado) mantinha contato direto com os empresários e inclusive relembra a promessa de pagamento de um ‘refri’, forma dissimulada de se referir ao pagamento de propina recebida em contrapartida ao auxílio prestado”, registra a investigação.
O caso de corrupção ocorreu entre os anos de 2004 e 2005 e revelou um esquema de fraude em licitação para compra de alimentos para a caserna. Começou no Comando Militar da Amazônia e se estendeu a outras unidades de suprimento do Exército e chegou até a uma diretoria em Brasília.