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Embaixador ligado à repressão apoia manifesto com ataques a Celso de Mello

Marcos Camillo Cortes aparece no relatório da Comissão da Verdade como chefe do Ciex, centro de informação do Itamaraty na ditadura; na comissão, ele negou

Por Evandro Éboli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 jun 2020, 13h42 - Publicado em 15 jun 2020, 13h36

O embaixador aposentado Marcos Henrique Camillo Cortes aparece como um dos signatários de um manifesto articulado por oficiais da Aeronáutica e com ataques ao ministro Celso de Mello, do STF.

Pouco mais de uma centena de apoiadores assinaram o documento, militares na grande maioria, segundo o Estado de S. Paulo.

Camillo Cortes tem uma história ligada à repressão. Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), ele foi o primeiro chefe do Centro de Informações do Exterior, o Ciex, uma estrutura clandestina criada em 1966, no âmbito do Itamaraty, para funcionar como “serviço secreto voltado à busca encoberta de informação e interlocução com os serviços de inteligência estrangeiros”.

Junto com a Divisão de Segurança e Informações (DSI), o Ciex formou os dois pilares da colaboração do Ministério das Relações Exteriores com o aparelho repressivo, diz o capítulo da CNV que trata da participação do Estado brasileiro em graves violações no exterior.

“Atuaram (Ciex e DSI) tanto na vigilância dos brasileiros fora do país, como na produção de informações visando subsidiar o Serviço Nacional de Informações (SNI) e os órgãos de inteligência das Forças Armadas e da Polícia Federal, coadjuvando a ação dos órgãos de repressão. Ambos estavam diretamente subordinados ao gabinete do ministro de Estado das Relações Exteriores ou à secretaria-geral”, concluiu a Comissão da Verdade.

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Em depoimento à comissão, o embaixador negou a existência do Ciex, disse que jamais aconteceu.

“Para este cargo (de chefe do Ciex) existir, teria de haver uma portaria, um decreto, uma lei, ou o que seja, senão não existe”, disse Camillo Cortes em seu depoimento.

Para a comissão, trata-se de um “argumento falacioso”.

O embaixador teria sido um dos cinco chefes do Ciex. Ele teria ocupado essa função entre 1966 a setembro de 1968.

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O manifesto dos militares deste final de semana, do qual é um dos signatários, é endereçado a Celso de Mello, relator do caso que envolve acusações de Sergio Moro contra suposta intervenção de Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Os militares ficaram incomodados com Mello por ele ter enviado à Procuradoria-Geral da República pedido de partidos políticos para a apreensão do celular do presidente da República, o que terminou arquivado.

No manifesto, afirmam que “ninguém ingressa nas Forças Armadas por apadrinhamento”, que “nenhum militar galga todos os postos da carreira porque fez uso de um palavreado enfadonho, supérfluo, verboso, ardiloso, como um bolodório de doutor de faculdade”.

E que também “nenhum militar deixa de fazer do seu corpo uma trincheira em defesa da Pátria e da Bandeira”.

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