Nonato Viegas, repórter de Veja

O Banco do Brasil não foi a única vítima da tesoura do governo Bolsonaro nas campanhas publicitárias das estatais.

Produzidos pela agência NBS para a BR Petrobras, filmes e peças publicitárias tratando sobre educação de trânsito foram vetadas pela comunicação do governo antes da abertura de capital.

A campanha ganharia as ruas no fim de abril. O governo abriu mão do controle da distribuidora em julho. A campanha publicitária tinha vídeos de cerca de um minuto. Um deles pergunta aos motoristas se eles topariam participar de um abaixo-assinado para a aprovação de uma lei que garanta espaço para um cadeirante sair do carro.

Outro manda “um salve” para quem se comporta de forma civilizada no trânsito. Funcionários da companhia chegaram a receber as peças publicitárias pelo WhatsApp.

A respeito da nota, a assessoria da BR enviou a seguinte nota ao Radar: “A BR informa que a suspensão de sua campanha publicitária foi uma decisão mercadológica, decorrente de seu novo posicionamento estratégico, com foco em 10 iniciativas que visam aumentar a rentabilidade da companhia, tendo em vista a sua recente privatização. Foi uma decisão que, diferente do que foi publicado, não contou com a interferência do governo federal”.

O Radar mantém a nota.

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