Ronaldo Caiado (DEM) e Daniel Vilela (MDB) travam uma disputa pelo apoio do cacique Íris Rezende (MDB) em Goiás.

Nos bastidores, Caiado constrói a aliança, enquanto Vilela afaga publicamente o prefeito de Goiânia. Ambos tem confiança em fechar com Rezende.

A questão, na verdade, é mais complexa do que parece. Como um bom emedebista, Rezende tem um pé em cada canoa.

Pelo lado de Caiado, conta a seu favor as indicações que tem na prefeitura e o apoio que ele deu ao politico nas eleições municipais.

Em 2014, Vilela, por outro lado, rifou o colega de partido do pleito. Deu discursos dizendo que era necessária uma renovação. Apoiou outro candidato.

Quando voltou a política, Rezende retornou ao trono em Goiás e passou novamente a dar as cartas no MDB. E é isso que ele está fazendo agora. Quer mostrar comando.

Com o gesto de Vilela, que nomeou o diretório estadual em homenagem ao “rei”, Rezende teceu elogios ao deputado. Disse que ele era um cara especial e que o processo eleitoral necessita responsabilidade. Pregou união do partido.

No fim das contas, o recado do prefeito de Goiânia é um só: ele quer tomar as rédeas do processo eleitoral.