Em carta, bolsonaristas apoiam Vitor Hugo para o MEC
Líder do governo na Câmara não entende de Educação, mas é fiel ao presidente, o que basta para virar ministro no governo
O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo, até outro dia, não conhecia as linhas básicas do complexo e importante setor da Educação que está arriscado a comandar por ordem de Jair Bolsonaro.
Desde que os nomes sugeridos pela ala moderada do governo naufragaram, ou por falhas próprias ou por ataques da ala radical, Vitor Hugo ganhou força no gabinete presidencial.
O deputado de primeira viagem está longe de ser um perfil destacado no Parlamento ou de ter um currículo reconhecido na academia, mas fará tudo que Bolsonaro mandar no MEC, evitando comprar brigas com os radicais que sustentavam Abraham Weintraub e fustigando os militares palacianos.
É, portanto, o perfil preferido da base bolsonarista, que assinou nesta sexta uma carta apoiando a indicação do major para a pasta. “Além de ter sido o primeiro colocado em vários concursos e cursos em sua vida acadêmica e no Exército, Vitor Hugo foi aprovado em primeiro lugar num dos concursos públicos de mais alto nível do Brasil: o de Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados, na área de Segurança Pública e de Segurança Nacional. Essas conquistas acadêmicas, inquestionáveis e amplamente documentadas, mostram o seu preparo intelectual para exercer o cargo”, registra o documento.
Com o noticiário novamente rondando o caso de Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, após a decisão do STJ que liberou o preso ao regime domiciliar, Bolsonaro anunciou que escolherá nesta sexta o chefe do MEC. Uma pauta que tem poder de dividir a agenda política, agora focada nos escândalos criminais.