Em ação contra Bolsonaro, Cármen cobra ‘decência e compostura’
'A República impõe decência, integridade e compostura nos atos e comportamentos dos agentes públicos', diz a ministra, sem citar Bolsonaro
Ao analisar uma ação formulada contra Jair Bolsonaro por um conjunto de parlamentares, a ministra Cármen Lúcia deu um duro recado aos “agentes públicos” do país.
Os parlamentares acionaram Bolsonaro no STF por supostos crimes de improbidade administrativa e propaganda antecipada e de crime eleitoral no episódio em que o presidente usou a EBC para transmitir a live em que ele atacou adversários e a legitimidade das eleições no país.
Ao analisar o pleito, a ministra disse o seguinte: “A República impõe decência, integridade e compostura nos atos e comportamentos dos agentes públicos. E, no Brasil, assim é porque a Constituição assim exige. A República é opção constitucional pela qual se estabelece o único interesse legítimo, que é o da nação. Não de um grupo de pessoas, menos ainda interesses particulares, mas o de todos os brasileiros. Por isso a res pública não permite utilização do patrimônio público em benefício de grupo e em detrimento da nação brasileira”.
Antes de decidir sobre o pleito dos parlamentares contra Bolsonaro, a ministra enviou o caso ao procurador-geral Augusto Aras.