Defesa final de Cabral: ‘corrupção ocorre desde que o mundo é mundo’
Na ação penal decorrente da Operação Hic et Ubique
A defesa do ex-governador Sérgio Cabral entregou nesta terça (30) as alegações finais da ação penal decorrente da operação Hic et Ubique.
Essa ação investiga o ex-governador por evasão de divisas, lavagem e corrupção passiva.
Os advogados pedem que Cabral tenha sua pena atenuada pelo juiz Marcelo Bretas. Isso porque ele vem prestando depoimentos em que colabora com a justiça.
Diz ainda que Cabral vem sendo condenado a penas estratosféricas. E que “a prática de corrupção pertence à personalidade do ser humano”.
“Com efeito, o acusado vem sendo condenado sistematicamente às penas estratosféricas pela prática do delito de corrupção, mais pela reprovação moral de sua conduta, do que pelos fatos narrados pelo Ministério Público Federal nos processos. Até porque a prática da corrupção pertence a própria personalidade do ser humano. Ocorre no mundo inteiro desde que o mundo é mundo”, escreveu a defesa.
Segundo o MPF, através da colaboração premiada de Vinicius Claret e Claudio de Souza chegou-se à quantia de R$ 318 milhões desviados pela quadrilha de Cabral.
O dinheiro era obtido através de contratos fraudulentos da gestão de Cabral com empreiteiras.